"Se girar é a única coisa que resta a um moinho, escrever é a única coisa que me resta. É como se existisse aqui perto uma vocação pra sofrer, é ouvir que o cinismo é o que resta e se identificar com isso. É sentir vontade de sentir-se a pior pessoa do universo, sem saber o porquê. É gostar de ouvir que estar só é a única coisa sobre o que ela sabe.
Quando ela abriu aquele caderno e despejou tudo o que estava engasgado junto com aquele drink paraguaio ela se debulhou em lágrimas, como se isso fosse muito para ela. É como se cada letra escrita e engolida com um soluço surdo fosse o máximo onde ela fosse chegar, sejamos francos: como ela sonha em chegar ao fundo do poço.. não é nem sonho de sonho, é sonho acordado com medo de não ser feliz ao lado dele. Daqueles que se vê em um filme onde a mocinha não fica com o mocinho no final.
É aí que ela se ilude! Se ilude com o que não deveria. Mas isso porque ela não é uma mocinha, pois uma mocinha se iludiria com um cara de 1,80m com uma boa 'arte' no corpo. Só que ela se ilude com o pesar. Ora, ela sempre acha que o pior vai acontecer. Tem vocação pra viciada com causa. É sem fundamento, sem sentido ela pensar isso da vida dela. Claro que ela sabe disso, mas é o famoso pé atrás e ela tem os dois lá atrás.
Um dia o psiquiatra dará alta para ela "
Clarice disse uma vez que nunca revisou um texto sequer. Um viva para Clarice!! (e seu anel triplo)