E queria que toda a infância estivesse lá, toda a pureza das crianças pintada de vermelho num palco que não é faz de conta, é a vida gritando : me deixe entrar!!!! Vestir fantasias e viver a vida real, colocar uma máscara que não é falsa, que não cai, que é mar. Onde só os ricos de espírito entrassem. Queria sentar e escrever, escrever, e publicar e publicar e escrever de novo. As coisas não só só amendoim japonês, elas ardem. Queria eu, pegar a Clarice pelo braço e colocá-la no caminho certo pra nunca mais voltar ao errado, queria tirar o amargo da vida, o choro da vida, a tal bolha hermética é isso... Tudo hermética e milimétricamente no seu lugar. Tudo volta ao seu lugar. E imaginar bobagens, e escrever bobagens e publicar só pra eu ler.
Queria que lá a solidão fosse boa companhia e queria ficar desenhando e recortando meus vestidos.
Saber que eu nunca estarei só é um conforto. São coisas que só eu sei, aquelas de sempre
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