sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Veja você, onde é que o barco foi desaguar...

Insensato coração. Insensato o que a vida faz comigo, caramba porque tem que ser assim?

Aí um dia a vida me ensinou que os desgostos tu nunca esquece, porque eles fazem questão de te lembrar que existem. Mas que insensato.

Nunca vai existir um amor perfeito, pois se for perfeito vamos achar que ele supera qualquer coisa e vamos querer enfrentá-lo colocando mil obstáculos na sua volta. E só veremos que ele não supera tudo quando acabar.

E quando acabar vem um novo amor, que acharemos que é perfeito e eterno e colocaremos mil obstáculos e brigaremos e beijaremos e brigaremos e brigaremos e ele acabará.

Aí surge outro amor.

Fim.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pois é

Só quem tem coração entende a nostalgia boa que há num porta-retrato velho com cheiro de mofo e teias de aranha. Só quem já morreu de amor pra saber o tamanho da dor que uma decepção traz.





Com ela era assim: um sorriso, uma lágrima, aquelas crises existenciais de sempre e sorrisos de novo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Limón y sal

Tengo que confesarte ahora
nunca creí en la felicidad
a veces algo se le parece
pero es pura casualidad


Sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Viva o amor próprio

E lá se vai mais um pingo de paciência. Agora faltam poucos pro copo transbordar. A estupidez humana não tem limite, e esse amor que eu sinto pela Clari não é igual ao de todas as mães do mundo. Algumas não tem nem amor próprio, quanto mais pelos seus. Nunca vou admitir magoar minha filha, falar coisas da boca pra fora e nem desculpas pedir. Deixar que se foda? Jamais.
O lógico para mim é fazer bem aos meus, justamente porque me pertencem. Eu tenho a felicidade dela na mão e nunca vou jogar isso fora.

domingo, 4 de julho de 2010

Vamos entender o cubismo


E vou entender o que eu quero, será que era isso que eu queria e nunca soube? E soube só agora, e tão tarde? Ok, nenhum segundo vivido é perdido, por mais que pensemos o contrário. Estou sentindo como se partisse do zero agora, como se o começo de tudo fosse agora e do ontem nem sei.
E vamos entender o impressionismo e todas aquelas bienais vistas com olhos fechados. A arte de viver é a melhor de todas, mas vou saber de todas elas. Aquelas Alices in Wonderlands que não engulo até hoje e tudo demais que há nesta vida.
Escrever é o que eu quero pra sempre e ever e ever. Vou entender todas aquelas letras, aqueles palcos, aquelas roupas. Perder a vergonha de tudo, continuar sentindo vergonha alheia (a mentira é feia, gata!).
Continuar querendo a sorte de uma amor tranquilo.
E que god me ajude a subir este novo degrau. O que só eu sei, só eu sei.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Parecer Descritivo

"É uma criança muito alegre, risonha, doce"
É minha.
É meu o parecer.



Hoje chegou pra mim o primeiro parecer descritivo da Clari, o primeiro boletim, a primeira nota azul, o primeiro A, a primeira estrelinha. Há um ano atrás eu não imaginava nem um terço disso tudo. Ela é melhor que o melhor dos meus sonhos, é mais linda que a rosa mais linda.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

-Ai ai.. tem alguma coisa faltando sabe. Um pingo no i.
-Super odeio ser humano que sempre acha que está faltando alguma coisa na vida, coisa chata. Porque sempre melhora de um lado, mas piora de um outro. É aquela história de sempre querermos mais e mais. A gente sempre acha um problema depois de resolver um. Dizer que está na correria e que não tem tempo pra mais nada deixa até a respiração das pessoas mais ofegante, como se ter o dia ocupado, a vida ocupada, fosse algo muito grandioso. Ocupada de quê? É igual a falar e não dizer nada.
-Mas então, está faltando algo. Melhorou de um lado, mas daí achei uma bronca do outro... Está faltando alguma coisa nessa vida. Não é uma máquina de lavar, não é a meu apartamento nem meu vans preto com branco. É muito mais que qualquer amendoim japonês. É aquela respiração acelerada, aquele frio na barriga. Aquele digo ou não digo. Mentir querendo dizer a verdade só pra fazer charme.
-Sabe porque a gente nunca chega lá? Por que quando chegamos lá inventamos outro lá para chegarmos.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

E ponto

Mas que maldito ajojamento master que insiste em me acompanhar há dias. Cara, tpm é uma merda. E essas porcarias desses remédios ajudam mais ainda a ficarmos assim. Olhar pra cara de algumas pessoas é um sacrifício enorme. O fato de saber que existem certas coisas e pessoas já acaba com o meu dia. Black é a palavra, nada inspira, nada ajuda e algumas situações só fazem piorar. A impresora trancando papel parece o fim do mundo, daí surgem aquelas milhares de perguntas auto-flagelantes (e que se foda a nova regra de acentuação para hífens!) e te deixa pior ainda. Dias de raiva, muita reiva do mundo, raiva daquilo que eu amo, daquilo que não pode ser. Saudade daquilo que não pode ser. O poder é todo relativo e esse blog é todo meu. Escrevo pra mim, escrevo pq me faz bem, escrevo só pra mim, pq só eu me entendo e fim.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Vou no circo

E queria que toda a infância estivesse lá, toda a pureza das crianças pintada de vermelho num palco que não é faz de conta, é a vida gritando : me deixe entrar!!!! Vestir fantasias e viver a vida real, colocar uma máscara que não é falsa, que não cai, que é mar. Onde só os ricos de espírito entrassem. Queria sentar e escrever, escrever, e publicar e publicar e escrever de novo. As coisas não só só amendoim japonês, elas ardem. Queria eu, pegar a Clarice pelo braço e colocá-la no caminho certo pra nunca mais voltar ao errado, queria tirar o amargo da vida, o choro da vida, a tal bolha hermética é isso... Tudo hermética e milimétricamente no seu lugar. Tudo volta ao seu lugar. E imaginar bobagens, e escrever bobagens e publicar só pra eu ler.
Queria que lá a solidão fosse boa companhia e queria ficar desenhando e recortando meus vestidos.
Saber que eu nunca estarei só é um conforto. São coisas que só eu sei, aquelas de sempre

domingo, 2 de maio de 2010

Tudo que se tem na vida...


...é o que se tem agora.
Depois de a maré tem baixado e eu ter entendido que o que resta é rir de tudo mesmo, eu vejo que só o que me resta agora é o que está acontecendo neste segundo e nada é acumulativo. Do segundo anterior eu nem lembro porque só o que ficam são as coisas boas, as verdades, as sinceridades. O engano é da vida, o errar é da vida, a falsidade eu não sei...
Nada daqui a gente leva, nem o que é ruim, muito menos o que é bom. O pensamento positivo tem uma força que a gente nem imagina, então positive-se.
Eu só vou curtir o meu cheirinho, a minha flor, a minha pequena. Só vou curtir o meu eterno segundo e que esse mundo melhore pra quando a Clari tiver que encará-lo, ou melhor, que ainda exista mundo.
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Aquela máxima de que a gente cria os filhos pro mundo e não pra gente teve sentido hoje. A autonomia vem cedo de mais. Um único ato da Clarice de pegar a colher da minha mão e comer sozinha me fez sentir um nada. É tudo muito rápido, muito estranho. Quero que passe tudo muito devagar, quero ter todas as lembranças, principalmente aquelas que nem uma câmera conseguem gravar. Aquela primeira mordidinha dela no meu queixo será inesquecível. Amor é pouco pra chamar. Mas enquanto não inventam uma palavra que signifique algo maior que amor eu vou dizendo e escrevendo essa mesma.
E só eu sei.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Hein?

É incrível quando há aqueles dias em que a gente acha que nada acontece na nossa vida e que não temos nada, quando ao mesmo tempo sabemos que temos tudo que precisamos.

Foram cinco dias tão bem aproveitados, de uma paz quase nunca antes vista, que quando acabou deu um choque, tipo o térmico. Mas a temperatura naquele momento não fazia a menor diferença. O foda é descobrir como é a minha paz e não poder vivê-la sempre.

Esses momentos quando a gente vê a vida dos outros dando certo e a nossa parada no mesmo lugar dão uma aflição gigante. Mas esse negócio de as coisas darem certo pros outros é relativo. O que é pra mim não é pra ti.
O que é pra mim?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ever

Estava pintando a unha e ouvindo Dead Fish. Muito under.
Depois que virei Mãe! é meio estranho fazer esse tipo de coisa, parece que tenho a obrigação de estar sempre em volta da Clarice, fazer as coisas só para ela. A vida antes dela parece artificial, parece que era um ensaio, um brincar de viver. Não era dona da minha situação. Era tudo faz de conta. Daí quando me pego fazendo esse tipo de coisa, pintar as unhas, com os pés pra cima, cantarolando, me sinto meio culpada.
A primeira vez que saí de casa sem a Clari, foi tipo "peraí, esqueci alguma coisa...." Esse desapego é complicadíssimo, é como se a Clarice fosse parte física de mim, sabe? É muito, mas muito mais que amor a palavra para descrever o sentimento. Eu já tentei um bocado de vezes achar uma palavra que descreva o que há entre mim e ela. Amor é apelido.
Agora eu sou dona de 2 situações. Ever.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

É azeda

O que dizer quando ninguém entende a gente? Papo de gente não-careta com problemas 'adolenscênticos', que a gente carrega pro resto da vida. Somos sozinhos no mundo, cara. Só a gente se entende mesmo. E não adianta nem aqueles diálogos eternos.
O grande problema é que o mundo inteiro quer a compreenção do mundo inteiro. Meus motivos não são os mesmos que os teus, nem meus anseios, nem a minha mais profunda e escondida verdade. A verdade não existe, porque a minha é diferente da tua.
E aí depois disso tudo, como juntar os trapos? Como conseguem viver eternos 50 anos juntos se há enormes diferenças? E como engolir aquele sapo do tamanho do céu, dizer 'sim, te perdoo meu amor' e virar pro lado e dormir sereno?
Cara, a vida é uma grande mentira em que a gente mesmo mergulha e fica lá se enganando. Eu acredito que ninguém, NiNGUÉM, nesse mundo fala 50% do que pensa, a gente fica lá devaneando, mas na hora de colocar pra fora, metade a gente engole de volta e finge que não pensou naquilo. É fato. Vejo por mim e pela leitura que faço de algumas pessoas que transparecem o que são pelos olhos.
Não é falsidade, inverdade eu fingimento, é simplesmente fato! É a vida, é azeda. Mas a gente engole.