segunda-feira, 28 de maio de 2007

As pessoas novas

São doces, simpáticas, agradáveis, te fazem sentir coisas boas, te falam aquilo que tu estava esperando ouvir das pessoas velhas. Te enchem de agrados, te olham e não te dão "oi", e sim apertam os olhos e soltam um sorriso aprazível, que apaixona qualquer um. Essas pessoas novas são de um encantamento sem fim. Simpáticas, te tratam com educação, carisma, simpatia e sinceridade. Te falam na cara mesmo, o que estavam e estão sentindo, te falam o que querem e o que não querem, sem machucar ninguém. Combinam de te encontrar nas esquinas da vida e vão até às esquinas, mas quem não comparece sou eu. Eu, vulgo ser humano, que diz ser racional, pobre mim.
Essas pessoas novas se alimentam de vontade. Acordam todas as manhãs para mudar o mundo, saem na rua para fazer a coisa acontecer. Olham no teu olho pois sabem que atitudes assim valem muito mais do que um guarda-roupas cheio de Louis Vuitton, Chanel e Gucci. Sabem a hora de agir, de falar, sabem o que te salva da chatice alheia:
- Ele te salva, ora!!!
São contundentes e precisas em suas opiniões. Encantam qualquer pessoa só pelo simples fato de existirem. Fazem pessoas que mal os conhecem felizes.
(...)
Ai...
Como é bom conhecer pessoas novas. Elas dão um up na vida, na imaginação.
Gosto.
Simplesmente gosto.

terça-feira, 22 de maio de 2007

A lâmpada

A lâmpada que desenhei está no braço da menina da sandália lilás!
A lâmpada dela é de um amarelo translúcido, a minha lâmpada é meio abstrata. Quando a desenhei estava meio absorta. Aliás, sempre que desenho sou absorvida por coisas, cores. Aquele sorriso dela também me absorve, me faz ter inveja.. Quiçá eu possa tê-la pra mim, um dia, num dia.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Aquelas duas meninas bonitas

- Meninadaroupadebolinhasqueeuvianaidaprafacul!!
- Sim, eu mesma! Me via onde??
- Na"subidaprafaculdade",narua.
- Ah, eu não lembro de ti.. Que bom encontrar alguém aqui na cidade freezer que goste de música bacana.
- É.masnãocurtinenhumafestaaí.
- Eu também não curto muito, mas fazer o que? Estamos longe de casa né..
(...)
Aquelas duas meninas me fazem ter a curiosidade aguçada. Uma com seu jeitinho mod de ser, a outra com seu jeitinho mod de ser. Opa, são iguais as pintas. Tão lindas as meninas. A menina e seu vestido azul. A menina e sua sandália lilás. Aquele cabelinho curto me enlouquece. A menina do vestido azul é simples, bem simplória com seu vestido azul. Aconteceu a seguinte história com ela...
Era um avez um rapaz alto, charmoso, com sua pequena charroyage vermelha que perambulava pela cidade freezer. Um belo dia a menina do vestido azul saiu para pegar um sol nos seus olhos azuis e o encontrou no bosque. Aquele pequeno bosque que a lembrava um outro maior, era o bosque que faltava na sua vida. Daí os dois se olharam, se olharam e se olharam. Era o olhar que faltava na vida da menina. Esse olhar que se move por onde quer que ela vá, nem que vá ao mundo colher framboesas. Nem que ele a veja depois de uns bons goles a mais.
O moço da charroyage deixou a menina do vestido azul até sem graça, mesmo com toda sua graciosidade. E mesmo depois de tudo isso ele foi capaz de a deixar ao relento. O moço a esqueceu completamente. Agora ela está sem seu vestido azul, passando pelo mesmo bosque e vendo o que não queria. O moço é tão elegante... e ela tão incapaz de esquecê-lo.
(...)
A menina da sandália lilás é tão bonita... Ela escreveu no jornal que não sabia o que queria da vida, ou sobre aqueles que não sabiam. Daí eu a falei que ela tinha escrito sobre mim, ou pra mim. Daí ela me sorriu com tanta delicadeza, tanto discernimento, que a sorri de novo e recebi de troco uma delicadeza maior ainda. A fotografia dela é de uma beleza tão profunda que me intimida. Ela mal sabe que existo no mundo, no mundo dela não existo, eu só existo no meu mundo. E no mundo de umas pessoas aí que me têm como ser humano.
A menina da sandália lilás queria que a menina do vestido azul existisse no mundo do moço da charroyage, mas essa escolha não faz parte do mundo da garota das sandálias, nem do guarda-roupas azul. A menina lilás acha que o moço charmoso é prepotente, às vezes. A menina azul o acha um menino ainda, mas com olhos que tonteiam qualquer sandália lilás.
(...)
Daí eu me pergunto o que faço nas exatas se perco meu tempo escrevendo letras ao invés de escrever números.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Riscos

O hoje aprendi que riscar me acalma.
A aula de desenho técnico foi alucinante, é de uma calma sem tamanho. Tudo bem... dizer que aquilo que fiz é desenho é discrepância, mas foi tão natural que me orgulhei da aula de hoje. Sabe como é ficar num lugar, mas com a cabeça longe, longe? É isso que dá! Mas não é aquela sensação de alucinação total, porque tu sai do ar sabendo que estás com os pés no chão.Ai tá bem! Pirei sim, mas com toda a sanidade que me é permitida
Foram literais riscos, pois primeira aula sabe como é né.. Mas acalmou a mente pilhada que tenho. Depois da aula, uma overdose de sol na cara a caminho de casa. Sol tão bão Sebastião...
O dia hoje foi de inteira satisfação, tirando o frio de -150 graus que faz aqui na cidade freezer.
Conversar com as pessoas tem me feito feliz. Tem me feito bem. As pessoas, quando querem te fazer o bem, fazem! E eu gosto disso. E essas letras continuam a me exasperar. E exasperar aos outros!
Não estão gostando das minhas letras. Ora, as minhas singelas letras... coitadas, não têm culpa de ter nascido. E eu não estou gostando.


(...)

Ontem perguntei onde ficava a árvore da planta hortense da família das cucurbitáceas, daí me disseram que chuchu não dá em árvore. Daí eu me sentei pra rir de tal devaneio. Daí eu percebi que a loucura tomou conta. Daí eu percebi que as pessoas precisam de mais cultura, mais informação. Daí eu voltei pra casa. Passei por aquela rua e fui-me.
As coisas na minha vida acontecem de uma forma tão engraçada... Com todo mundo em relação a mim. São situações tão pitorescas que nem parece a minha vida, se me contassem as coisas que acontecem comigo eu iria dizer:
-Ah... pára né, não pode ser isto?!
-E pior que é isso sim! Haha...
Eu estou tão bem, que estou quase negando uma ida pra casa semana que vem. Sei lá, não estou com vontade de ir pra casa. E sabe o que isso significa pra mim? Eu também não, pois se fosse há semanas atrás eu iria correndo pro meu travesseiro. Daí eu não entendo mais nada!! Pô, que vontade repentina é essa de ficar aqui? Depois me perguntam porque letras alucinadas... Bom, voltando.. Sei que estou bem bem , leve leve, solta... Está valendo cada minuto vivido, cada integral resolvida, cada pernada até a facul, cada pernada até em casa, cada pernada até à praça, cada letra escrita.
É dona Bu... não te entendo. O teu comentário pertinente me deixou pensativa até hoje. Parabéns flor!
Parabéns ao papa que chegou ao nosso belíssimo país!
Parabéns a você pessoa...


sábado, 5 de maio de 2007

O dia em que conheci um garoto

Era um dia florido, com cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, flores...
O dia em que achei que eu tinha encontrado o cara minha vida foi normal. Foi fatal em seus sentimentos e sem muitas surpresas. Mas o dia em que descobri que eu não o tinha encontrado foi melhor.Foi engraçado. Beiii..... (outra piada interna).
Eu me engano muito e comigo mesma, olha que engraçado isso.
Tornar a ver o amor com outros olhos foi a melhor coisa que me aconteceu. Descobri novos amigos e novos amores.
Um novo amigo. Um novo amor. Um novo olhar é sempre bom, relaxa a alma. Mas aquele ainda continua lá, ele tem seu lugar guardado por tempos e tempos.
Descobrir milhares de coisas em comum com outras pessoas é mágico, é ótimo e isso não me assusta.

(...)
Hoje eu saio cedo
Sem saber se vou voltar
Caminho entre os carros
Deixo a rua me levar
Vou ser feliz
Longe daqui
E mesmo que eu encontre
Um caminho diferente
Que aproxime o eu de mim
E afaste o eu da gente
Eu vou tentar
E sempre que estiver sozinha
Nas tardes de domingo
É só você pensar que eu
Eu vou voltar sorrindo
Eu vou tentar
Eu vou tentar fazer você feliz
Nem que seja pela última vez
Eu vou tentar fazer você sentir
Tudo como na primeira vez
(...)
Música bacana que recebi de uma pessoa bacana.
Gosto de pessoas bacanas. Gosto de músicas bacanas. Ver a vida voltar ao normal é muito bom. Está me fazendo bem, feliz. A saudade do povo que está longe existe, mas a intensidade é menor. E isso me deixa confortável. Não achei que seria assim, ainda mais depois de fatos das férias, mas descobri que sou muito menos independente de pessoas do que pensava e isso é bom. Certos fatos te afastam de certas pessoas e assim a vida te leva pra bem longe das coisas que te fazem mal e mau. Ainda vou rir de tudo isso que está me acontecendo...
.
.
.
-Tu estás brincando com fogo menina!
-Estou? Estou! Estou sim, e daí?
-Como e daí?? O fogo queima!
-Sim, queima. Se tu não souber lhe dar com ele, mas se tu sabes...
-E tu sabe?
-Se não sei aprendo, ora!
-Tu sabe no que vai dar isso tudo, né?
-Não sei não, e nem quero saber... deixa estar... deixa assim, assim que quer? Assim será!
-aLu... se cuide garota..
(...)
Na aula de álgebra o professor filosofou muito, ele e seu all star lilás. Ficou falando sobre decisões que nós tomamos, sobre estrelas, sobre geometria analítica, sobre metafísica, sobre a história da física, sobre Newton, sobre lunetas, sobre Sócrates... alucinante.
Já na aula de cálculo II... deusulivre. A aula de física foi normal, por enquanto...E algoritmos (assim mesmo sem acento e não é logarítmos, viu????) foi legal... 11111111=255!!! Gostei...
Estou curtindo cada dia mais ir pra facul, pode ser que eu não desista das exatas, pode ser que eu fique louca com tanta integral, pode ser que eu me dê bem... ah se deu hein guria.... Estou cada dia gostando mais de escrever minhas letras, estou mais compreensiva, mais introspectiva do que nunca, mais tímida, neh Cher... Com mais segredos com os outros, menos comentários, isso é importante.
Estou bem. Bem melhor do que meses atrás, me faz sentir bem, me faz bem, me faça o bem. Veja bem meu bem...