quarta-feira, 17 de setembro de 2008

É agora que se entende o amor

Depois de tanto tempo longe daqui, tentando me esconder nas coisas que eu escrevia e achando que era tudo que eu tinha pra viver, eu volto. Depois de ter passado por todas as sensações que o ser humano pode passar, depois de sentir medo, vergonha, fracasso, de sentir que a vida acabou e de não acreditar, eu estou aqui. Pra dizer que eu achei a explicação sobre felicidade que eu escrevi há um tempão atrás aqui. A felicidade existe e está, literalmente, dentro de mim. É uma felicidade que vem acompanhada de medo, muuuuuito medo senhores, mas eu tenho certeza que nunca mais as lágrimas vão cair sozinhas, por egoísmo meu, por me achar o centro do mundo e achar meus problemas os maiores do mundo. Nunca mais uma lágrima vai cair sozinha... Nunca mais eu vou ser exclusiva na vida Dele. Nunca mais eu vou sair sozinha na rua no domingo pra tomar um chimarrão. Eu não estou mais sozinha, há uma vida aqui me acompanhando.
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Quer entender a felicidade que tanto se vende na tv e que tantos buscam? Quer saber onde se encontra um amor do tamanho do infinito?
Tenha um filho!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vocação para o fundo do poço

"Se girar é a única coisa que resta a um moinho, escrever é a única coisa que me resta. É como se existisse aqui perto uma vocação pra sofrer, é ouvir que o cinismo é o que resta e se identificar com isso. É sentir vontade de sentir-se a pior pessoa do universo, sem saber o porquê. É gostar de ouvir que estar só é a única coisa sobre o que ela sabe.
Quando ela abriu aquele caderno e despejou tudo o que estava engasgado junto com aquele drink paraguaio ela se debulhou em lágrimas, como se isso fosse muito para ela. É como se cada letra escrita e engolida com um soluço surdo fosse o máximo onde ela fosse chegar, sejamos francos: como ela sonha em chegar ao fundo do poço.. não é nem sonho de sonho, é sonho acordado com medo de não ser feliz ao lado dele. Daqueles que se vê em um filme onde a mocinha não fica com o mocinho no final.
É aí que ela se ilude! Se ilude com o que não deveria. Mas isso porque ela não é uma mocinha, pois uma mocinha se iludiria com um cara de 1,80m com uma boa 'arte' no corpo. Só que ela se ilude com o pesar. Ora, ela sempre acha que o pior vai acontecer. Tem vocação pra viciada com causa. É sem fundamento, sem sentido ela pensar isso da vida dela. Claro que ela sabe disso, mas é o famoso pé atrás e ela tem os dois lá atrás.
Um dia o psiquiatra dará alta para ela "


Clarice disse uma vez que nunca revisou um texto sequer. Um viva para Clarice!! (e seu anel triplo)

domingo, 17 de agosto de 2008

"Alguém pode vir até aqui pra me olhar? Eu quero me mostrar pra alguém, mostrar o que eu estou sentindo e que está exalando aqui, até está escrito na minha testa, eu só preciso que alguém me olhe e me diga que eu estou certa. Há tempos que eu não explodo de felicidade, faz faltar sentir essa sensação que te destrói de amor por dentro. Está tão distante... É tanta raiva, filho da puta. Que vida é essa que eu não posso ter quem eu quero aqui comigo? Que merda de sentimento me faz seguir adiante com essa porcaria de ilusão, viver de "um dia vamos ser felizes...." não serve pra mim. Eu quero é briga toda hora, chocolate no fim de semana, almoço de 5 minutos com quem eu gosto do meu lado. Quem foi que alimento aquela idéia na minha cabeça de que ele poderia ser meu um dia? Rá! Eu mesma! Que maldito dia foi aquele em que eu coloquei os olhos onde não devia? Que porcaria de vontade é essa que está toda a hora do meu lado e não me larga nunca? Quem que inventou essa coisa de gostar da dificuldade? Se eu não gostasse de dificuldade não estaria aqui agora me culpando por uma coisa que não pode ser.
Ela é tão burra, imbecil, cega de coração que não vê o que acontece na própria vida. Será que essa hgggmmm não sabe que isso não tem mais volta não? Será que ela nunca vai aceitar a vida dela como ela é, tão triste e tão solitária? Foi assim que foi escolhido pra ti baby, não queira lutar contra isso. Apenas se entorpeça de tristeza quando for necessário. Não queira levar uma vida normalzinha, daquelas de chocolate aos finais de semana porque isso não é pra ti."

terça-feira, 1 de julho de 2008

Estrela, Estela.

Estrela, estrela
Como ser assim
Tão só, tão só
E nunca sofrer?

KeK

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Rosa


A Rosa era a Rosa mais linda. Isso dizia sua mãe, que lhe dera esse nome por causa das rosas. Ganhou rosas de seu primeiro namorado, com quem se casou. Entrou na igreja com rosas vermelhas e passava a vida a pintá-las em simpáticos quadros.Isso tudo colaborou para a escolha do nome de sua filha.
Rosa tinha as bochechas rosadas e os cabelos da cor do sol que se põe. Adorava sua roupa de bailarina, rosa, que sua mãe fizera para a primeira apresentação dela na escola, ainda bem pequena. Rosa queria lembrar-se desse dia em que desfilou pela rua de casa com sua roupa de bailarina, mas era criança demais, nem falava ainda. Hoje Rosa fala pelos cotovelos.
Rosa adorava laranja, tanto que pediu para sua mãe pintar flores desta cor na parade de seu quarto.
Rosa adorva Amarelo, seu urso de estimação, de sorte, de dormir, de todos os lugares onde ela ia.
Rosa adorava o branco do tapete de seu quarto, coisa que sua mãe detestava. A mãe de Rosa adorava essas coisas de moda e nessa época os ácaros estavam na moda. Era isso que a fazia detestar o tapete.
Os anos sempre passavam e as bochechas de Rosa continuavam rosadas. Quando ela ficava envergonhada então... Parecia que ia explodir de tanto vermelho em seu rosto. Os anos foram passando e Rosa não deixou que sua mãe mudasse uma flor de lugar em seu quarto, que tinha a mesma cara desde que Rosa nascera.
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Um belo dia Rosa cresceu.
"As crianças nunca deveriam crescer!", dizia sua mãe. "As mães não deveriam existir!", dizia Rosa. As coisas foram ficando difíceis naquela casa. Rosa pintou a parece de branco, manteve o tapete branco e jogou Amarelo em um armário.
"Desde o dia em que Rosa jogou Amarelo no armário as coisas mudaram. Espero que ela não se lembre que a roupa de bailarina está atrás da cama, perdida."

terça-feira, 6 de maio de 2008

As lágrimas agora têm um gosto diferente.

sábado, 26 de abril de 2008

Para aquele inconsequente


Ele me contou que não se sente bem quando ela se diverte sem ele. Ele nem queria sentir isso, mas sente. E não contará nunca pra ela. Ele sabe que está errado, afinal a felicidade não pode ter limites, muito menos impostos por ele.
Eles são assim: um igual ao outro.

domingo, 13 de abril de 2008

Saudade, saudade, saudade....ecoando

No momento em que chovia lá fora ela ouvia aquela chuva bater. Ainda era tudo igual e o jornal ainda estava em cima da mesa. O fato de saber de tudo assim tão rápido não lhe dava a oportunidade de digerir as coisas rapidamente e isso lhe causava dores incontroláveis. A pior delas era aquela que dava à noite. Justamente quando ela queria esquecer o dia, justo quando ela pensava que mais um dia havia se passado. E era logo quando ela virava para seu lado esquerdo e fechava os olhos.
O lado esquerdo até tem explicação, era gauche e adorava essa posição que ocupava. O fechar dos olhos não tinha explicação que nós pudéssemos entender.
Gauche significa em francês desajeitado, estranho, acanhado, deslocado, além de canhoto. Isso tinha tudo a ver com ela. A pessoa que um dia analisar Clarice de perto, vai ver que uma coisa leva a outra nela. Tudo que parece meio perdido e sem explicação para Clarice, tem sentido. Sabe aquela brincadeira de ligar os pontos? Se fizessem uma dessas no corpo de Clarice, o resultado seria exasperador para ela.
Ela não sabe disso, mas tudo que acontece lá dentro faz sentido e se liga. E se um dia Ele ligar os pontos dela e descobrir tudo??
Imagina se fosse possível saber o que os outros pensam, ligar os pontos? Nossa, eu estaria verdadeiramente frita!!! Clarice também.
Não que meus pensamentos sejam obscuros, mas sabe aquelas coisas de psicopata? Que até nós mesmos temos um pouco de vergonha em pensar, ou aquelas que se sairem da nossa boca acabam com qualquer relação? É... que a ciência não avance tanto.
E que saudade que dá quando eu viro pro lado esquerdo...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Carregando a cruz: Parte II

Não que eu queira ser assim, mas a onda vem e me arrasta. Daí eu caio. E que cruz bem pesada essa hein...
Apontar pra fé e remar não é fácil. Requer habilidade, força de vontade e muito remédio pra dor de cabeça. As coisas acontecem sem prenúncios e não seria nada legal se fosse diferente. O fato de não saber o porquê de tudo me dá mais emoção e mais medo. E mais dor de cabeça.


terça-feira, 1 de abril de 2008

Carregando a cruz: o início

Sempre a carreguei, mas percebi que isso é normal no dia de domingo. Claro que eu sabia que o normal da vida é ter seus dramas, mas eu não lembrava disso. Não lembrava que a palavra mais próxima da palavra serhumanoreal é sofrimento. Não! Não pare de ler agora me achando uma depressiva sem sentido e motivos. Eles existem, não são nem maiores nem menores que os teus, mas estão aí comigo. Me amam tanto que não me largam um minuto.
Daí no domingo eu descobri que essa é a minha cruz.
"Todo mundo tem que carregar a sua cruz", diz uma música aí. E isso não é sofrimento.
-Mas isso não é a vida?
-Não?!
-Não??
-Não!!
O que acontece é que eu quero viver sem ter que me preocupar comigo mesma, não sentir nem medo, nem frio, nem fome, nem nada.
-Nem nada?
-Nem nada!
O que acontece é que eu sou tão mesquinha que quero que os meus problemas sejam os maiores e mais pungentes, que todo o mundo se vire pra mim quando eu digo ai.
-O problema dela é que ela é leonina. E o pior: ela diz que não tem nada a ver com o signo dela.
-E tem?
-Sim, ela até rugi!
O que acontece é que no fundo, mas lá no fundo, ela sabe exatamente os dramas que ela vive e sabe os pontos onde tem que melhorar. Crescer.
-O problema é que um dia disseram pra ela que ela tinha virado mulher e a coitada acreditou...
-Acreditou foi?
-Aham.
O que acontece é que nada é tão ruim que não possa melhorar e eu acreditava nisso veementemente. Mas agora eu estou exercitando a arte de crer em tudo que se parece positivo pra mim!
-Oba, ela cresceu mais uns 5 cm!!
O que acontece é que eu vou começar a ver mais as coisas positavas ao meu redor ao invés de morrer de mágoa por coisas que parecem pequenas aos outros.
-Cresceu mais 1cm.



quarta-feira, 12 de março de 2008

Atrás das vontades dela

E sim, chega mais uma vez, a hora de voltar..
Hoje voltando da última prova da faculdade fiz algumas promessas perdidas pra mim mesma. Destas que tu faz, tropeça na calçada e esquece logo depois. Mas destas eu não esqueci não.
É algo do tipo "neste ano eu prometo me comportar, respeitar meus pais e não brigar com os meus coleguinhas." Mas no meu caso meus pais estão longe (antes eu pudesse brigar com eles diariamente...), já passei da fase de me comportar, não preciso mais disso, já sei de cor o que eu preciso fazer e o que eu não devo. E meus coleguinhas cresceram, mudaram de rosto e estão sendo tão legais comigo que seria um pecado brigar com eles.
Ora que bobagem, eu que só brigo comigo mesma, eu que nunca meti a boca em ninguém, não haveria de me esconder atrás de outra pessoa, não é?
Não.
Eu que já me escondi, e muito, atrás de todas as vontades, manias e roupas dela. Eu que já escutei aquela música só pra parecer estar mais próxima daquilo que não é meu, mas que poderia ser.
E eu ainda acredito nisso.
É aquela história dos segredos que temos com nós mesmos e não contamos pra ninguém, nem pro nosso outro eu.
Ah.. se ele descobre.

sábado, 26 de janeiro de 2008

O livro do Vogel

A lembrança mais recente que Clarice tinha era ele na parada esperando o ônibus. Trajava uma camisa pólo azul, calças curtas e um sapato estranho. Nada que chamasse a atenção dela, a não ser pelo livro do Vogel que carregava junto a uma pasta preta. Era até desesperador pra ela ter que aceitar que o olhava, com os olhos apertados pelo sol. Mas desde sua última consulta, Clarice tinha prometido para si mesma que iria deixar as tolices de lado e iria ser menos seletiva com as pessoas.
Clarice tinha sido "obrigada" a tomar tal atidude, pois desde a montanha russa estava sentindo-se o centro das atenções de todo o Mundo.
Então ela ficou olhando pra ele e, pela primeira vez desde a sua última consulta, fixou o olhar em um ser estranho por mais de 5 segundos. E gostou.
Ele trabalhava no postinho que ficava ao lado da sua academia de yoga, e passava ali na frente todos os dias as 8hs. Ela o via pouco, pois nem à academia ela ia mais. Mas, por motivo que não se sabe, ela voltou às aulas de yoga e ia bem cedinho.
Começou a gostar de camisas pólo e de pegar ônibus. Aliviada chegava em casa, acendia seu cigarro e lia a Vogue, já que não tinha o livro do Vogel.
Mas as coisas não se resumiam em calças curtas, nem em pastas pretas. Clarice sentia algumas coisas que nem ela sabia explicar. Poderia ser a crise dos 25, assim como poderia ser a falta de amor, e ela não parecia encontrá-lo. Nem dentro de pasta alguma, nem por baixo de alguma camisa pólo que viu por aí e não se lembra onde.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Enquete

Povo, é o seguinte:
O tema da Revista7 do mês de fevereiro é sexo e nós da revista estamos fazendo uma pesquisa de opinião pública. E nós queremos saber o seguinte: "o quanto, em porcentagem, o sexo é importante num relacionamento".
Já ouvi desde 50% até 90% então quero saber mais e expliquem, se possível, o motivo desde número.
Beijos a todos!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mais do Mesmo e outra.

Desses vinte anos nenhum foi feito pra mim.
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E agora você quer que eu fique assim igual a você, é mesmo, como vou crescer se nada cresce por aqui?
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Quem vai tomar conta dos doentes?
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E quando tem chacina de adolescentes
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Como é que você se sente?
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Bondade sua me explicar com tanta determinação
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Exatamente o que eu sinto, como penso e como sou
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Eu realmente não sabia que eu pensava assim.

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Morrer nesta vida não é difícil, o difícil é a vida e seu ofício.
E os demais todo mundo sabe.
O coração tem moradia certa bem aqui no meio do peito,
Mas é que comigo a anatomia ficou louca
E sou todo, todo, todo, mas todo...
Coração .

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

1/2 de gente

Ela estava sentada no banco de trás do carro e aquela velha música começou. Ela lembrava saudade, ela trazia saudade. E aliás não só ela, Clarice também carregava a saudade consigo desde os tempos de escola, e olha que desde lá já passaram muitos anos. Alguém pensava que ela ainda era uma pessoa pela metade, porque esse mesmo alguém um dia lhe disse que para ser uma pessoa inteira temos que passar por três decepções, um amor e uma viagem inesqueível. As decepções de Clarice eram até perceptíveis e verdadeiras, as viagens também contavam bastante, principalmente suas viagens astrais. Mas o amor que ela tinha ainda era pequeno demais para ser chamado assim. Portanto ela ainda não era uma pessoa inteira, mas era uma metade completa.
Então Clarice resolveu ir atrás do que faltava para ser gente de verdade. Sim, ela realmente não era gente grande, pois achava que precisa provar para o alguém que era inteira. E nós sabemos muito bem que um sinal de que crescemos é saber que não precisamos de julgamentos e aprovações.
A música que tocava no rádio dizia assim "e é só você que tem a cura pro meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto". O você da música que Clarice escutava era o tal do amor pequeno que ela possuía, ou achava que possuía. Mas ao olhar de outros ele era tão vazio que mesmo que Clarice o tivesse, ainda não seria inteira. Todos viam isso, só ela que não. Mas não demorou para perceber, pois logo viria mais uma decepção na vida dela e talvez assim ela deixasse de ser 1/2 de gente.