sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

"Que eu entrego os pontos"

Eu me conheço e sei o que pensaria em qualquer situação.
Hoje foi, está sendo, um dia daqueles em que ninguém está pra mim. Celulares deveriam ser extintos por alguns dias, só para as pessoas perceberem o quão importante é atender a porcaria do telefone.
Então pra fugir do tédio eu peguei "A morte de Ivan Ilitch" na biblioteca da faculdade. É considerada uma das melhores novelas de Tolstói, então que valha a pena ler. É o que me resta depois de ouvir meu Professor Doutor Grande Bosta falar em alto e bom tom "agora eu fatoreio..." e depois, "os cachorro".
É uma pena que a cultura, a boa educação e o uso do celular não chame a atenção das pessoas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Procura-se.

Era ela descendo as escadas e ele subindo a rua. Ela podia ter descido as escadas a qualquer hora da tarde, assim como ele também não tinha horário certo pra passar ali. Mas sim, eles se encontraram bem no meio do caminho. Ela quase de quatro no chão da rua e ele comendo alguma coisa que ela não se recorda. Talvez estivessem os dois procurando a mesma coisa, a felicidade.
Ela que deveria ser vendida empacotadinha como salgadinhos em uma prateleira, com cores diferentes e diversos sabores. Ela que deveria ser o motivo da vida de todo o mundo. Mas na verdade ela se tornou o que todo mundo fala, lê e procura. Já virou moda, já esgotou as rodas de conversas. A verdade é ninguém nunca encontrou a felicidade completa. Pois se fosse eu a premiada, já teria saído por aí distribuindo cápsulas com a minha fórmula da felicidade em postos de saúde.
Coitados dos que pensam que escrever um livro com o título "10 maneiras para ser feliz", estão ajudando alguém. Seguir 10 regras não faz de ninguém melhor ou pior. Não faz nada, na verdade. E pior ainda, coitados dos que pensam que ler esse tipo de literatura faz da vida uma festa de Rock'n Roll. Mas eu ainda tenho que terminar meu aprendizado sobre "cada um tem um jeito de ser feliz, aceite isso!!!". Mas estou quase no fim desse meu estudo humanístico.
Não dá mais pra viver vendo as pessoas acreditando que a felicidade se compra. Quem foi que disse isso pela, primeira vez??? Que nem disse Chico uma vez "você que inventou esse estado, inventou de inventar toda a escuridão".
E se alguém aí tiver uma idéia, bem real de felicidade, me avise.
Eu também a procuro.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Prazer, eu sou a Luíza.

E mesmo as coisas acontecendo super rápido, eu ainda consigo acreditar que é real. Apesar de estar longe de tudo, de fazer as coisas sem pensar muito e ao mesmo tempo sem desviar o pensamento nem por um segundo daquilo que me cerca. Eu ainda acredito. E mesmo com pensamentos alheios que não condizem com a minha realidade, com aquilo que eu vivo agora, eu me permito acreditar naquilo que me dizem e que eu esperei por tempos ouvir. Há tempos que parece que ninguém quer te ajudar, as pessoas não pensam em te fazer bem, fazem questão de dizer a verdade na nossa cara e não medem nem palavras, nem esforços pra fazer com que a realidade fique sentada na nossa frente nos encarando, como quem diz "e aí? não vai voltar à vida real?"
A verdade é que as pessoas que nos cuidam estão sempre alí, mostrando o que é certo e o que não é, mas não percebem que machucam ao falar sem escrúpulo algum. Eu sei que não torcem pras coisas darem errado, mas não ajudam para darem certo.
A outra verdade é que eu voltei, mesmo esquisita como alguns já me disseram. Diferente sim! Porque a gente cresce e os pensamentos evoluem e ficar de cretinices e sacanagens pro meu lado já não é mais tolerável. E dizer a verdade agora se tornou super importante pra mim. Se já não se importam com o que eu acho e penso, eu não tenho porque ser tão generoza.
E se eu tiver que mandar lá pra longe, pode ter certeza que eu vou mandar. Muito prazer.

sábado, 3 de novembro de 2007

E viva o prazer de experimentar coisas novas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Sozinha e só!

Cheguei do show do Nei Lisboa agora. Ele é tão bom que me fez rir o tempo todo durante o show acústico e intimista dele. Mas cheguei em casa e bateu aquilo. Aham, aquilo mesmo que tinha largado do meu pé há meses. Aquela coisa de saber que tem nas mãos e saber que não tem. Hoje todo mundo resolveu me abandonar. Sozinha e só!
Morar "sozinha" pra maioria parece ser uma idéia ótima, morar sozinha ai ai. Só que não é legal quando bate esse tipo de coisa. Talvez eu sinta isso por sempre ter sido paparicada por amigos, conhecidos, mãe e pai. Mas não paparicada ao extremo, só aquela coisa de ter alguém do lado pra desligar a luz. E agora eu estou vivendo uma coisa que é bem o contrário disso. Sozinha há uma semana. Msn e afins não resolvem muito nessa hora. Ter que acordar sozinha, jantar sozinha, falar sozinha, não me deixa nenhum pouco entusiasmada. Nessas horas não adianta nem ousar e tentar ser auto-suficiente.
Já escrevi uma vez aqui que a solidão me assustava, mas não sabia que doia tanto.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Na fila do cinema - Sobre Gabriela

Ir ao cinema sozinho não é um hábito padrão às pessoas normais. Era o que Gabriela achava. Também achava que não se encaixava no grupo das pessoas normais. Mas era tão normal que às vezes gostava de sair sozinha e fugir da rotina de blá bla blá do dia-a-dia. Achava também um tédio aquelas pessoas com cara feliz só por estarem acompanhadas para assistir um filme. Achava uó marcar encontros amorosos num shopping. Se fosse o primeiro, pior ainda.
Naquele dia ela tinha acordado com aquela típica vontade de pessoas normais de passar o dia só, sair na rua com óculos escuros e não olhar para os lados para não encontrar ninguém conhecido. Ela tinha acordado com uma ressaca fenomenal, passou a noite num bar tomando uma cerveja que não lembra o nome.
Gabriela sempre foi prolixa. Exercia essa função desde os tempos de grêmio estudantil do seu colégio. Mas era reservada quando o assunto era relacionamento.Com meninos ou meninas. Apesar de tanta expressão tinha poucos amigos, considerava totalmente antagônico conhecidos e amigos. Considerava-se uma pessoa feliz, mas não acreditava na felicidade completa de todo o mundo ao mesmo tempo. Defendia com muita euforia "sua" tese de que as pessoas nascem boas e ficam más ao longo da vida, das pessoas e dos acontecimentos. Defendia o governo de seu país com muito entusiasmo (como se aquilo pudesse ser chamado de governo). Porém tinha uma coisa que a deixava totalmente introspectiva e irreconhecível: o ar de
Gabriel.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Na fila do cinema

Ele era testemunha de tudo o que ela fazia. Ele sempre ficava olhando e pensando nada, porque ele não tinha como pensar. E se pensasse não chegaria a maiores conclusões senão de que ela era uma louca e não sabia o que fazia. Ele era tão desprovido de opiniões que na época do plebiscito do desarmamento só saiu de casa para ir ao Correio e justificar seu voto. É aquele típico brasileiro que sempre acha que sua opinião não importa e não faz diferença. O que ele pensa nunca condiz com o certo, seja lá o que for o certo.
Gabriela adorava discussões sobre política, meio ambiente e gosto musical. Estava sempre metida em botecos falando sobre os problemas sociais. Ele sempre a acompanhava, e sempre ficava só na cerveja. Se opinasse alguma coisa era para escolher a marca da tal, porque a única coisa que ele não admitia era tomar cerveja ruim. Bom, está ai uma coisa que ele tinha opinião, mas perto dos debates de direita e esquerda de Gabriela isso não era nada. Gabriela sabia disso, mas mesmo assim achava a companhia dele indispensável e agradável. Os outros sempre se perguntavam o que Gabriela vazia com aquele ser tão fútil ao lado dela.
Gabriela conhecera Gabriel na fila do cinema há exatos 2 anos e 2 meses. Ele era o último da fila quando Gabriela chegou. E um ser que usava roupas estranhas e largas resolveu furar a fila na frente de Gabriel, que só fez cara feia e não falou nada ao estranho garoto. Gabriela com todo seu ar de superioridade que lhe era praxe começou a xingar o garoto, até que este foi para o final da fila. Olhou para Gabriel e soltou:
- Têm pessoas que acham que são os donos do mundo!
- Aham.
Gabriela odiava ahans, mas sentiu no fundo que aquela pessoa sem opinião tinha um toque especial. Sentaram-se na antepenúltima fileira para assistir ao filme. Lado a lado.
Na verdade quem sentou naquele lugar foi Gabriel. Gabriela só o seguiu, pois sentiu que não poderia perdê-lo de vista. Nunca mais.
Ele sempre fora assim. Sempre foi atrás das coisas que lhe pareciam aprazíveis. Tinha um olhar mágico para pessoas mágicas. Foi assim que se conheceram.
Continua...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Ligação perdida

Eu estava me exibindo pra solidão. Eu tenho este maldito costume de deixar de fazer as coisas por medo. Afinal, é mais fácil dizer que eu estou com medo a assumir as coisas que eu devo fazer. É mais fácil e abusivo comigo mesma. Eu não deveria deixar-me ser tão abusiva assim. Será que eu não sei que as coisas acontecem uma só vez e que as pessoas cansam de esperar?
Daí surge do nada uma superpessoa e coloca as tuas idéias no lugar. Te xinga e te faz ver que o buraco é mais embaixo.
Ela andava tão perdida e desesperada que até o tinha esquecido. Temporariamente. Depois de olhar o celular tocando e desliga-lo pela décima vez só naquela tarde, ela resolveu que da próxima vez iria atendê-lo. Foi só ela tomar essa decisão que o telefone não tocou mais, nem naquele dia, nem naquela semana. As coisas sempre aconteciam assim na vida de Clarice. Ela esqueceu o telefone e continuou a pintar seu quadro, afinal a exposição já estava se aproximando e seu último quadro ainda estava pela metade. Nos últimos dias o trabalho dela não estava rendendo tanto quanto nos primeiros meses após sua volta de Buenos Aires. Parece que sua volta não a tinha feito bem. Assim como não tinha agradado a ele.
Na segunda feira pela manhã Clarice saiu para ir ao banco pagar umas das muitas contas acumuladas na viagem. Ela saiu com a pior roupa que podia. O dia estava nublado, era segunda feira, aliás, então com aquela roupa Clarice demonstrou todo seu astral matinal. Na fila do caixa eletrônico Clarice teve sua maior surpresa após sua volta. Ela o viu. A roupa dele não era das melhores também, mas isso não importava no momento. Momento que demorou sete meses para acontecer. Diálogo não existiu ali. Um abraço tomou conta dos 75 segundos seguintes daqueles dois idiotas que esqueceram tudo que tinha acontecido nos últimos dois anos.
-Telefone existe para que Clarice?
-Para eu não atender.
Foram para a casa dela e lá recuperaram as ligações perdidas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O jeito

Existem tantas formas de falar as coisas.. Mas sempre falta jeito. O jeito com que se diz é tão importante quanto as palavras que se usa para colocar pra fora o que se quer. Pior do que não ter jeito é não saber pensar, não saber colocar as coisas no lugar. Afinal, tudo tem o seu lugar, e tudo deve permanecer no seu lugar. Rá! Eu dando uma de conservadora. Sim, em alguns casos isso é preciso e necessário.
Eu não sei pensar. Acabo de chegar a essa conclusão. Não sei colocar as coisas em seus lugares, não sei medir grandezas, importâncias, me apego a conceitos e acontecimentos parecidos com os dos outros para tomar as minhas decisões. Eu não penso no que eu vou sentir fazendo isso ou aquilo. Eu penso no que "o mundo" vai pensar e achar. E pior do que tudo isso junto elevado ao cubo, é sentir medo. Sim, eu tenho medo. De me arrepender logo ao virar as costas ao tomar alguma decisão, medo de ser questionada depois, até por mim mesma, com aquele ar de "rá! olha a cagada que tu acabou de fazer!".
Mas quem dita o certo? Quem conhece a decisão certa pras coisas? Meu ultimo post responde essa pergunta. Mas mesmo as perguntas que têm respostas, não são fáceis de encarar. As coisas acontecem só uma vez na vida, sem ensaio e sem repetição, como disse Milan Kundera
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domingo, 16 de setembro de 2007

Página 14

Na página 14 do livro A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera eu encontro o seguinte parágrafo:

"Não existe meio de verificar qual e a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo e vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida a é própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro. "

Até hoje eu abro esse livro só para ler esse parágrafo.
Não consigo ler o resto.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

No ar..

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Acessem e apreciem sem a mínima moderação!!!!

domingo, 2 de setembro de 2007

As maçãs de Clarice

Era uma casa diferente. As maçãs em cima da mesa davam um ar de alegria. Ela sempre gostou de maçãs, e sempre as achou com um ar puritano e bonito. Aquela cor vermelha, meio esverdeada a fazia bem. Nunca faltavam maçãs em sua mesma da cozinha.
Rodrigo, seu amigo, começou a gostar de maçãs depois que começou a freqüentar a casa de Clarice. Ele era arrebatado por aquela beleza singular que só as maçãs da casa de Clarice passavam a ele. Ela demorou para convencê-lo de que aquelas frutas tão comuns faziam alguma diferença em sua vida. Ela sempre fazia analogias com as tais frutas, dizia que eram como um dia de inverno com céu azul e sol brilhando: por ser comum faziam diferença. Essa analogia para Rodrigo não tinha muito significado até o dia em que ele chegou lá e a mesa estava vazia.
A mesa vazia e Clarice com um jeito estranho. O dia para ela não tinha sido bom e isso refletiu nas suas compras semanais. Faltavam maçãs.
Quando Rodrigo conheceu Clarice, numa festa de formatura, ele a achou diferente. Realmente, seu peso e altura não coincidiam com os "padrões estabelecidos", mas não era isso que Rodrigo tinha reparado nela.
Rodrigo sempre teve um percepção muito boa para pessoas boas. Talvez sua faculdade de psicilogia o ajudava nesse aspecto. Sem vergonha nehuma ele chegou em Clarice. Assim mesmo, chegando... De primeira ela o achou ridículo, talvez por estar alterado alcoolicamente, mas sabe como é... papo vai, papo vem.. Se beijaram, se tocaram, trocaram telefone e tchau.
Passados 3 meses eles ainda se falavam e tinham uma relação de amizade que invejava as pessoas sem amigos.
Rodrigo a perguntou onde estavam as maçãs. Ela o olhou de um jeito que o desarmou completamente e disse que não gostava mais de maçãs. Clarice foi ao quarto e voltou com um papel na mão. Rodrigo não acreditou quando leu aquelas letras. Nesse momento ele tinha entendido o fato das maçãs estarem longe dalí.
No papel dizia: Clarice: eu tentei fazer com que as coisas caminhassem de outro jeito. Tentei e desisti. Pego o avião pra Lisboa as 21hs de hoje. Um beijo.
O relógio marcava nesse momento 20h47min.
Clarice nunca tinha entendido porque as pessoas desistiam tão rápido e facilmente das coisas difíceis da vida. Ela que sempre correu atrás das coisas que quis, agora tinha perdido uma das coisas que ela mais tinha prazer na vida, o amor de Suzana.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Disse Nando:
"uma pessoa só não é ninguém".
E ele tem razão. Como conseguir viver na plena solidão? A vontade de ficar só não mede os riscos nem consequências quando bate à porta.
E quem não tem medo da solidão?
Quem não tem está mentindo. Eu tenho.Prefiro morrer de inanição a ficar sozinha pro resto da vida.

domingo, 19 de agosto de 2007

A cool

A ambulância chegou antes do acidente. Parou e ficou esperando o carro vir e bater no muro da escola. Eles sempre chegavam antes, já percebendo o que aconteceria logo após. Lá de dentro, Clarice assistia a tudo com um chocolate à mão e uma percepção que era quase lógica naquele momento. Ela adorava assistir a resgates. Era um gosto inusitado a uma garota de 17 anos, loira, baixinha e com um sorriso bom. Talvez por isso mesmo ela gostava de coisas obscuras assim. Poderia ser também um jeito de fugir da futilidade que lhe perseguia. Aquelas princesinhas de salto alto que a perseguiam, por Clarice ser a filha do Sr. Gastor.
O carro veio com uma velocidade que não fez tanto estrago. De dentro dele saiu uma senhora chiquérrima e com uma cara de quem tinha mais uns 347 carros na garagem. Totalmente cortada pelos cacos de vidro que se quebraram com a batida, porém viva. Viva, andando e xingando os pobres buracos que a fizeram ir de encontro ao muro da escola.
Clarice via aquela situação com uma alegria escondida.
O sinal tocou e Clarice voltou para seus livros.
As coisas lá já não eram como antes. Clarice sempre foi a garota prodígia da escola, por isso estava cursando seu último ano naquele lugar, e sonhando com a tão querida viagem a Londres.
Ela era cool ! Escutava músicas que ninguém gostava, usava umas roupas bregas ao olhar daquelas outras meninas e era a única que conversava com Mar. Omar era assim conhecido por aqueles que se atreviam lhe dirigir alguma palavra e educação. Clarice era uma das poucas pessoas que isso faziam. Deveria ser odiada por todos por esse motivo. Mas Clarice era a filha do Sr.Gastor, e isso a fazia ser a mais legal das pessoas.
Ela odiara o fato dos outros se aproximarem dela pela sua genética, era totalmente contundente em suas opiniões por esse motivo.
A cool vinha de acoolta. Pois Clarice vivia com um livro embaixo do braço. Assim era vista por todos: a garota que exala cultura!
Gostava desse adjetivo (se é que isso pode ser chamado de adjetivo).
Um dia Clarice na biblioteca, pesquisando Tolstói, encontrou uma carta dentro de Ana Karênina, que começava assim:

"O tempo muda várias coisas. As árvores da rua, a cor do céu, a cor do meus cabelos, as minhas convicções... Mas uma coisa ele não muda: a saudade de tempos velhos."

Não viu nada de diferente e importante nela. A devolveu ao livro e continuou sua saga a Tolstói.

sábado, 18 de agosto de 2007

O Blé!

Senhor vai e volta ainda está deitado com a garrafa e o bilhete embaixo do braço.Enquanto isso na Cidade Freezer...

Prova de cálculo, o mínimo de concentração nas coisas e vontade alguma de sair de casa. Meu projeto de desenho ( pra terça) ainda está pela metade e o protótipo nem foi feito. A chuva parou depois de 24h sem sossego.
A semana passou tri rápido como de costume, porém mesmo sem estudar nada, tive a sensação de que valeu a pena. Valeu a pena minha "noitada" de terça feira, voltando pra casa a meia noite e tendo milhões de coisas pra fazer. Conhecer pessoas nova novas, mais uma vez, é motivo desde post. Conhecer coisas novas, também. Na verdade não a conheci ainda, mas a loucura anda tão perto que faço dela minha companhia.
Cada vez que escuto aquelas músicas, as mesmas músicas, tenho a sensação de que estou a escutar letras novas. Pra cada momento vivido, uma música cantada. E o legal é encontrar pessoas que sentem isso também.
O blé tem me feito companhia todos os dias, mas eu o deixarei lá, no cantinho dele sozinho, e diminuirei os nossos encontros semanais.
Estou com O Capote na bolsa há 2 semanas e não consigo terminá-lo, e olha que é daquela coleção da LPM, o pocket. Sim!!! Aquele minúsculo livro meudeuesdocéu!
Se aparecesse um gênio da lâmpada agora sabe o que eu o pediria??
Seis horas a mais no meu dia.

....do imbróglio que quiproquó.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Senhor vai e volta - Parte IV

"O tempo muda várias coisas. As árvores da rua, a cor do céu, a cor do meus cabelos, as minhas convicções... Mas uma coisa ele não muda: a saudade de tempos velhos. Até a saudade das dores que eu sentia, ele não muda.
Quando entrei alí e vi minha memória tão perto, em frente àquele balcão, senti uma coisa que pode ser chamada de medo. Logo me fiz disfarçar, tentei achar que era pura alucinação, mas não consegui. Olhei com olhos atentos, olhos de que nem mais tinham esperança alguma. Olhos esses, quiseram mirar o chão e eu deixei. Fixaram-se alí e dalí não saíram até eu sentir que o medo tinha ido embora por aquela porta.
A minha covardia te não lhe ter trocado palavra alguma foi tão grande quando a saudade que senti.
Desculpe-me. Mas ainda poderei ter a certeza de que o que vi não foi lembrança. Foi real. E isso foi a melhor coisa que aconteceu, passados 26 anos.
A saudade ainda existe.
Até logo."

Ela sempre escrevera e falara muito bem. Era professora de latim nos tempos bons.
Ele guardou aquele bilhete atrás do travesseiro depois de tê-lo lido e relido umas boas várias vezes. Ainda não podia acreditar em tudo que acontecia naquele momento. Assim como ela, ele sentia que sua vida havia parado há 26 anos. E naquele momento pode ver que a vida começara muito mais tarde para ele. A felicidade era infinita. Não podia se conter em si, ria sozinho. Abriu uma garrafa de uma bebida que só ele gostava entre as pessoas que conhecia. Era uma bebida muito forte, de gosto amargo, mas logo a sentiu descer na garganta feito água. Tinha vontade de sair na rua e parar a primeira pessoa que visse para contar sua história, um tanto quanto romântica, um tanto quanto trágica.
Mas ficou por ali deitado na cama, com a garrafa embaixo do braço e o bilhete embaixo do travesseiro.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Folhas

Eu adoro sair na rua e pisar em folhas secas. Aquele barulho de folhas "quebrando" me deixa tãããão feliz...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Senhor vai e volta - Parte III

O dia seguinte começara cedo para o senhor vai e volta. Na verdade o dia anterior nem tinha terminado. Aquela cena lhe contaminou o pensamento e não o deixou em paz, mesmo depois da brisa fria daquela manhã de setembro. A primavera ainda não havia aparecido e as árvores recém davam seu sinal de sobrevivência àquele gelado inverno.
Muitos anos tinham se passado após o fim do exílio. Ele não a via deste aquela época, achava que o tempo ou o governo a tivesse levado para sempre, mas na noite anterior tinha visto que nem sempre as coisas davam certo.
Ele lembrava exatamente da última vez que a tinha visto, da roupa que ela usava, das palavras ditas por Ela. Era tudo tão presente que estava difícil de acreditar que, depois de tantos anos e acontecimentos, Ela estava de volta alí, na mesa ao lado.
Senhor vai e volta pegou seu chapéu no cabide e saiu para a rua a conversar com os mesmos pássaros que por alí passavam, só que esta manhã estava com um clima diferente. A ida até o velho lugar já não era a mesma, a ansiedade que tomava conta se tornava perceptível a qualquer menino bonito que cruzava seu caminho. A vontade de reecontrá-la no mesmo lugar do dia anterior o fez chegar ao velho lugar muito mais rápido do que de costume. Quiçá ela estivesse alí, quietinha naquela mesma mesa, com a mesma companhia ao lado. Quiçá ela nem o tivesse visto.
Quando entrou, seus olhos bagunçaram todo o lugar a procura Dela. A mão tremia como nunca depois do exílio, a vontade que estava guardada lá dentro se tornava maior, e uma dor parecida com aperto tomava conta daquele senhor.
O acaso nunca tinha sido tão mal com ele e, claro, continuaira sendo agora também. Lá dentro poucas pessoas, muita conversa e uma música que não o agradava nenhum pouco. A realidade estava brincando com ele, e isso não o agradava.
Sentou-se, pediu o de sempre e sentiu uma mão tocar seu braço. Mas não assustou-se, virou para trás calmamente e viu uma mão segurar uma folha de papel dobrada umas 3 vezes. Levantou-se já imaginado o que leria quando chegasse em casa.
A brisa não havia aparecido hoje, assim como Ela.

domingo, 29 de julho de 2007

Hora de colocar os pingos no is

Aquela velha sensação de sentir saudade de algo e alguém que nunca cruzou meu caminho volta com toda a intensidade.
Como fas?
Mesmo depois de horas terem passado, carros terem passados, aviões terem cruzado o oceano atlântico ela ainda me acompanha. Me sinto como Ela, com a saudade de mãos dadas a todo o lugar que eu vou.
Fazer as coisas tentando espelhar-se em alguém não é ruim, é?
Pois se achas, não deves. O mundo está tão lotado de gente que não deveria ser uó ter alguém a quem seguir. Seus modos, seus gostos, sua superficialidade exasperante. Sim. Todos têm uma superficialidade dentro de si. Sem isso não haveria pontos contra os outros. Não diga que não há um pedaço de futilidade dentro do senhor, ela existe lá no fundo.
Colocar os pingos nos is. Surgiu assim, do nada sem preocupações. O fato é que não acho os is para colocar seus respectivos pingos e isso é de uma dificuldade tão grande dentro de mim que chego a desistir de fazê-lo. Antes de querer achar essa respostas, deveria ter mais ânimo para fazer as coisas. Bom, meus dias são tããão, hããã.... simplórios (piada interna), que o que me sobra é o domingo. Daí ele chega todo charmoso, ensolarado, com -2°C, chamando para ir até a cozinha pegar uma laranja e ir para o sol. E o que eu faço? O deixo lá na rua e fico aqui dentro. O tal do ânimo chegou, no entanto foi embora logo depois das 11h. E não voltou.
O sol continuava lá fora e o que eu fiz aqui dentro? Tentei ter ânimo para estudar, tentei fugir da internet, procurei meus amigos por todas as partes e não os achei. Assim não há ânimo que resista.
Daí quem apareceu foi a lua, igual a um queijo, maior que o sol e tão charmosa quanto. E como fas?E o que se fas?
Tentando colocar as coisas no lugar eu lembrei de pessoas que estão longe, mas não só longe na distância. Sabe quando tu sente que estão se distanciando? E que parece que cada vez mais fica difícil de voltar atrás. Voltar para trás. Sentir que ainda não coloquei o pingo naquele i me faz sentir desolada. Parece que o que faltou não foi só ânimo, faltou coragem, faltou determinação. Daí aquela menina que havia ido embora volta, e fica por alguns momentos aqui junto a mim. E traz a saudade junto.
É tão doloroso quanto lembrar que amanhã meu dia começa as 6h30.
Espero que amanhã o sol apareça tão quentinho quanto hoje. E espero que a menina tenha subido naquele ônibus e que não apareça tão cedo pela Cidade Freezer.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Senhor vai e volta - Parte II

Assim que Ela entrou ele ligeiramente virou-se de costas e recolocou seu chapéu de penas coloridas que ele sempre tirava para entrar em lugares fechados.Costume de uma civilização que já não existia mais. Ela já não tinha aquele ar sonhador que possuía há décadas atrás e que encantou o senhor vai e volta no primeiro instante. Agora Ela tinha uma frigidez que se percebia de longe.
As duas entraram, sentaram-se na mesa mais longe de todos e olharam à sua volta. Nada de perceptível lhe chamou a atenção, mas Ela sentia que algo acontecia alí por perto.
Aquela porta era tão barulhenta e frágil que o senhor vai e volta ficou com medo de sair e se fazer notar. Ficou alí, parado, de costas para sua memória, esperando o próximo segundo, esperando uma mão no ombro que lhe dissesse olá!
De repente um barulho ensurdecedor tomou conta de tudo. Naquele momento qualquer barulho era ensurdecedor. Um copo que foi ao chão, que caiu da mão Dela quando olhou para o balcão. Ela conhecia aquele chapéu tão bem quanto sua alma, que havia perdido há décadas também. Ela hesitou qualquer reação, baixou sua cabeça e vidrou os olhos numa divisão do azulejo velho e sujo do chão. Faltava coragem para levantar a cabeça e olhar de novo para ter certeza de que o que Ela via não era ilusão. Ficou nessa posição por alguns minutos até ver uma sombra passar ao lado dela e bater aquela velha porta.
Quando o senhor vai e volta sentiu a brisa da rua sentiu também aquela velha vontade. Aquela vontade que, até então, ele achou que nunca mais sentiria.

sábado, 21 de julho de 2007

Senhor vai e volta - Parte I

Seu nome ninguém sabia, mas todos o conheciam como "o senhor que vai e volta". Ele tinha uma alma tão pura e inocente que qualquer anjinho transuente tinha inveja dele. Era aquela mesma coisa todas as manhãs: acordar, falar com os pássaros que por ali passavam, sair para rua com seu notável chapéu de penas coloridas e ir ao mesmo lugar. Velho lugar.
As penas coloridas no chapéu eram resultados de uma juventude que tinha toda a alegria guardada no armário, e quando queria usá-la, era só abrir e escolher a alegria que combinasse com a ocasião. Naquele tempo aviões não explodiam, não havia aviões. As ruas eram bem mais verdes e os pássaros falavam bem mais com senhor vai e volta.
Depois de tantos anos que passaram, aquele senhor ainda sentia o cheiro de um tempo que nunca mais havia de voltar, ele estava impregnado em cada lugar que o senhor vai e volta passava e ele nunca desaparecia.
Aquele velhor lugar, onde será?? Perguntavam-se os meninos bonitos e modernos que por alí pasavam todas as manhãs também. O lugar que o senhor vai e volta freqüentava ficava tão longe quanto as lembranças que só ele sabia que existiam lá no fundo daquele mesmo lugar. Com seu vistoso chapéu lá ia ele com toda sua vontade reprimida que só ele sabia onde guardava. Ele sempre dizia que essas vontades assim devem ficar guardadas. E devem ser lembradas muito raramente. O senhor vai e volta tinha medo de expor o que ele mesmo tinha inventado.
Acompanhado das penas coloridas ele chegava com toda a simplicidade que aprendera a ter no exílio, sentava e pedia a mesma coisa, ao menos que o tempo bom não aparecesse, daí então ele se esquentava de outra maneira. Alí ele sentia-se muito bem, obrigado. Pois só as pessoas que alí freqüentavam podiam sentir o que ele também sentia. A esquisitices que se ouviam nesse lugar eram resultados de vidas vividas da maneira mais intensa possível. Alí quem não sentia as dores e as vontades reprimidas não entrava.
Só que, mal sabia o senhor vai e volta, aquele dia seria atípico. Ele começou a perceber essa diferença quando Ela entrou por aquela minúscula porta. Ela e a saudade, de mãos dadas.



terça-feira, 17 de julho de 2007

As melhores coisas na vida são as que mais doem.

domingo, 15 de julho de 2007

O conto que eu descobri

"Eu, de olhos fechados, ainda soprava com inocência as velinhas do meu bolo de aniversário.
Mal sabia que, enquanto estava distraída com novos pedidos, ela aproveitava tal oportunidade para ir embora para sempre."
Letras de Renata Belmonte. Contista que descobri há poucos segundos e me apaixonei há poucos centésimos. Esse trecho é do conto chamado "Capítulo um: o último vestido da Senhorita B". Esse trecho me lembra o mais importante fato da minha vida, acontecido a quase um ano.
Renata Belomonte tem 23 anos, bahiana, loira, ganhou seu primeiro prêmio de literatura aos 21 e escreve letras que encantam à primeira vista. Descobri sua existência assistindo à programas culturais, que, às vezes, se fazem necessários para fugir da futilidade exasperadora que toma conta da televisão atualmente e há bons anos.
Acho tão necessário descobrir coisas (boas) novas, quanto escovar os dentes ao acordar. A descoberta faz sentir que ainda existe algo pulsando lá dentro, mesmo que seja muito distante da relaidade. A realidade tem se feito distante mesmo, ou então, tão próxima que não a enxergo.
Lendo Machado de Assís ou Gabriel García Marquez podemos pensar que nada mais há de bom para ser lido e escrito no mundo. Mas o analisando e lendo letras novas, vemos que tudo está muito longe do fim.
A água não rolou ainda.

sábado, 14 de julho de 2007

O Ponto no ponto

Só com o tempo passando as pessoas melhoram mesmo.
"O seu caso é o tempo passar"...
Que isso fique visível e bem claro aos caros leitores.
Mais uma sexta MEUDEUS o tempo passa muito rápido. Há uma semana eu estava escrevendo a mesma coisa, e há uma semana a semana passou voando. Hoje o dia foi beeem aprazível. Pessoas gentis, colegas bacanas, trabalhos e provas. Não!! O dia não foi tãããão aprazível assim.
Ah.. foi sim.. sim..
Tenho pensado muito em escrever algo do tipo, um ponto final. Algo que diga que aquilo que vem em frente é um ponto final. Que deixe claro que atitudes más deixam as pessoas sem inspiração e sem amor próprio, que diga que nada gira ao redor de ninguém, porque tudo gira ao redor de todo mundo, não só ao teu redor. Um ponto que deixasse bem claro o quão bom foi e o quão bom seria se continuasse. Que mostrasse o tamanho da capacidade do ser envolvido de estragar tudo e que não deixasse rastro, para todo o sempre. Nem rastro, nem cheiro, nem lenço, nem documento, nem lembrança, que fosse um ponto final literal.
FIM.
Que saudade dos AMIGOS que estão longe longe. Milhas e milhas de distância, e é tudo tão incompatível que parece que nunca mais nos encontraremos novamente. A saudade tem voz. Ela grita.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Prolixa

i know i know i know, i'm still your love..

Eu gosto do myspace.Ele tem me salvado do orkut, eu tenho conhecido muita coisa através dele. A internet é 63% lixo, o resto pode-se usar com certa comodidade e descanso. O bom do myspace é que tu ouve, ouve, ouve e quando tu cansa tu vai lá e cata outro som bom e ouve, ouve e ouve e quando tu cansa...
Ele tem sido meu companheiro de noites sem sono, ele me salva do bonde do tigrão.Ainda existe?
(...)
Hoje é sexta-feira, a semana passou e eu nem a vi. Pra onde foi? Muitas coisas aconteceram e eu não lembro. A única coisa que sei é que tem gente que não se enxerga né cher?? Isso me deixa muito revoltada com a vida, aquela revolta que dá vontade de dessistir de tudo, saca??
As pessoas têm o dom de me avacalhar, não é possível. Eu ainda estou tão pooouta com essa história, que não consigo pensar em outra coisa.Ó... Quem me entende? Como faz pra entender? Sabe aquela coisa de sentir tudo ao mesmo tempo e não saber nem mais o que falar? É isso, dái quando tu fala tudo que sente fica com medo de perder o que tu tem. Eu tenho? Nem sei mais.
Está certo.Chega disso.
Vou me fazer de prolixa agora.
(...)
Estou tentando entrar num mundo novo, na verdade já entrei nesse arquétipo mundo novo.Com um baita medo de fazer a coisa errada e fooder com tudo. Contudo, eu já sou bem grandinha e tenho certo senso crítico para algumas coisas, tipo as que eu já tenho a opinião formada. Porque eu não sou uma metamorfose ambulante e acho que ficar mudando de opinião é um passo para a falta de personalidade.
Personalidade. É o que falta em certas tribos.
O ministério da saúde adverte:
a falta de personalidade causa danos irrevogáveis à mente e ao corpo.
Por isso, cuidado meu bem.
Porque que esse mundo novo é arquétipo?
Por que hoje o que as pessoas mais sensatas fazem, e com certa razão, é escrever o que pensam, e como quem faz isso é a maioria, isso se torna arquétipo, mas também não quer dizer que seja ruim.
Pra mim é um tipo de manifestação de arte e qualquer manifesto de arte está valendo. Se todas as coisas que constituem o inconsciente coletivo do povo viesse à tona, a humanidade seria uma nóia só. Em contra partida as coisas funcionariam muito mais, nossa.... seria muito mais alucinante e melhor.
Pra mim é indispensável falar o que se pensa e ouvir o que se é pensado. A troca de informação move o mundo e colocar letras ao lado de letras é só uma forma de expressão, rápida, fácil e absolutamente essencial.
Por isso, escreve, fala, grava, ouve.
Prolixa.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Manifesto Desabafo

De volta.
Tão rápido quanto surpreendente. Daí quanto tu acha que tudo está em sintonia, vem alguma coisa e muda tudo de lugar.Bagunça tudo.Atitudes que te exasperam, pessoas que te decepcinoanam, conversas fiadas que te deixam muito emputecida.

Manifesto desabafo:
Estava tudo encaminhado para dar certo, tudo milimetricamente planejado, daí vem um imbecil (do latim imbecille) estraga todos os teus planos e te faz desacreditar em tudo que foi dito com tanta boa vontade e,aparentemente, carinho.Agora me ,diz uma coisa:
-Porque a minha metafísica me diz pra acreditar nas pessoas antes de tudo?
Eu parto do princípio de que tudo que é dito é verdadeiro e sincero, até que me provem o contrário.Mas estou vendo que essa minha posição de "politicamentecorretasempre", está me custando alguns fios de cabelo. Eu sempre achei que tudo que me era dito era tão verdadeiro quanto a inocência daquela criança que pergunta da onde vem os bebês. E achava que sempre seria assim. Mas descobri que eu sou mais inocente que essa criança.
Ora! Como posso eu, ser(pessoa) de certa cultura e informação, achar que todos seriam sempre amigáveis e gentis comigo? Quanta tolice pensar desse jeito.
-Não é tolice! É simplesmente a tua forma de pensar, e mesmo parecendo meio superficial, está totalmente certa. Se todos fossem assim...
-Superficial é ter oportunidades que só surgem umas 3 vezes por ano e jogar tudo fora por muito trabalho.
Achei que essa história não fosse mais me dar tantas incomodações, mas estou vendo que tem muita coisa por vir... E que isso não é pra mim.
É isso que estraga as pessoas. Acreditar em tudo. Se eu fosse cética talvez as coisas seriam diferentes e melhores.Ou não.
Só sei que isso serviu, mais uma vez, de lição.Pra eu deixar de ser idiota e aprender a não insistir no mesmo erro mais de 2 vezes.Porque duas vezes até vai, mas 50 vezes não é tolerável pra mim agora.
Chega de cretinices pro meu lado.
(...)
Vem aí um ZINE que vai sacudir meu chão.
Boa noite e bejín pra duas pessoas que eu tenho certeza que nunca me farão passar por tamanha decepção.


sexta-feira, 29 de junho de 2007

Casa

Voltando pra casa amanhã. E voltando pra Bagé domingo.Vou perder mais tempo na estrada do que curtindo meu travesseiro, mas o que vale é ir e ver as pessoas que quero, pelo menos por algumas horas.
Morar longe no início pra mim parecia algo impossível. Foi meio surreal até eu entender que a vida tinha mudado e que aquilo que eu achava que era meu não era mais e o que eu achava ser dos outros, era meu agora. Quando eu entendi isso as coisas mudaram e melhoraram. As voltas que a vida deu me surpreenderam muito no começo.Ver que as coisas acontecem na tua volta, não só na volta dos outros é, de fato, interessante, porque às vezes temos a impressão de que só a vida das outras pessoas muda e a tua continua "a mesma vidinha de sempre".Só que quando as coisas resolvem acontecer, elas acontecem abruptamente.E o que nos resta é encarar tudo que vir.
A sensação de que o tempo anda cada vez mais rápido aumenta a cada dia que passa. Há um ano eu estava em outra dimensão, outras idéias.Agora já estou indo para o terceiro semestre da faculdade e isso tudo aconteceu, parece, num único segundo.E é bom ver isso tudo acontecer, porque dói.
Não vou explicar aqui. Mas dói.

Que saudade das pessoas.
Que bom vê-las bem. Bem felizes.
Eu amo.

domingo, 24 de junho de 2007

Eu não presto atenção nas coisas

Eu preciso pegar Kafka na biblioteca e esqueço. Eu tenho que fazer 10 desenhos pra quarta e não consigo começá-los. Eu faço as coisas e esqueço. Esqueço até de começar a fazê-las. Eu esqueço que eu estou longe de casa, eu me atrevo a ficar dias sem lembrar das pinta. Eu não presto atenção nas coisas que eles dizem, porque eu esqueço. Lendo letras alheias eu vi o quão bonito é falar o que a gente sente.
Ontem foi sábado e teve essas festas das meninas com roupas da moda. Eu não fui. Não comi e dormi cedo. Só bebi. Água.
Nossa, passar fome é muito estranho, chega a ser diferente.
Daí na televisão estava dando uma entrevista com a Dercy Gonçalves. Um caco de pessoa, mas muito filosófica pra sua idade. Só que eu acho que não quero chegar aos 100 anos. Ela já deve ter visto e feito de tudo na vida, e o mais engraçado: ela disse que nunca amou ninguém na vida inteira dela.
Pô! Ouvir uma pessoa que viveu 100 anos dizer isso é muito decepcionante. Como pode? Ver passar milhões de pessoas, de dias ao teu redor e chegar ao fim e dizer que nada valeu a pena? Foi assim mesmo que ela disse.
Às vezes tento me fazer de forte, aquele tipinho "não tenho medo de nada", mas não dá! Quem tem 53 anos olha pra minha cara e fala "ah.. tu só tem 19, tem muito pra viver e aprender ainda", só que 19 anos se passaram e o que eu conquistei? o que que eu fiz? As minhas certezas não correspondem ao meu tamanho e a minha idade. Eu deveria ser mais e fazer mais, essa é uma certeza. E fazer tudo isso sem prestar atenção nas coisas é foda!
Acho que se eu fosse uma menina certinha, se usasse bota por cima das calças, eu seria menos pior. Poxa, as pessoas me olham com cara estranha, me tiram pra estranha. Uma pessoa estranha não pode se dar bem no mundo. E uma pessoa estranha que esquece das coisas então??
E se eu não encontrar o que eu procuro? Acho que se eu fosse hippie as coisas também seriam melhor, nada de brigas, incomodações.
Não!!!
Não vem com esse papo de que temos que ser o que somos e encarar a vida como ela é porque é assim que tem que ser e tal, porque não rola. Eu quero me dar bem sim.Do meu jeito, mas quero.Mesmo não prestando atenção nas coisas.
Eu queria ir pra bem longe agora, mas não pra fugir dos problemas e das pessoas. Só pra ir e ver coisas diferentes. Mas hoje a única coisa diferente que verei são os meus desenhos, diferentes e bizarros..

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Isso é muito pitoresco

Sentir o que eu sinto agora é, no mínimo, engraçado.
E fazer o que eu fiz sábado... foi muito engraçado. A festa, a música, nada ajudava, as pessoas com suas roupas da moda, meninas com botas por cima das calças blé!!!
Até que algo mudou aqui dentro, lá dentro da tal festa...
As pessoas sempre mudam pessoas. Elas mudam sempre.Ainda bem que mudam.
Mudou pra melhor e foi relativamente bom. Não vou explicar aqui a relatividade dessa mudança na minha vida, porque não cabe.
É aí que fica engraçado ver tudo acontecer sem saber o porquê e nem saber onde tudo isso vai dar.
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A semana foi de caos total. Doente, indo pra tal da faculdade por causa de míseras provas e me matando de vomitar tudo que eu tinha dentro de mim e mais um pouco. Um saco tudo na minha volta, aquela gente que não conhece Chico e não sabe o que é o bom da vida. E aquela gente que conhece Chico, sabe que é bom e, ainda assim, diz em alto e bom tom que a futilidade é uma característica sua e que isso não muda, que já virou doença crônica e que não tem volta.
E o mais engraçado? Eu adorei ouvir tudo isso, pois uma coisa é ver gente fútil, mas que não assume sua futilidade. Outra coisa é ver gente fútil, explicando porque é fútil, falando que gosta de ser assim, e que não se incomoda de ser visto dessa forma. Toda essa explicação já faz da pessoa uns 0,05% menos fútil. Tudo isso me fez ver as coisas de outro modo. Outro mundo. Outras pessoas.
Gente que assume o que é sem a mínima vergonha, que diz o que pensa e está pouco se fodendo pro mundo alheio. Isso me encantou.
Quiçá o mundo mude, a percepção das pessoas mude.
"Quiçá eu possa tê-lo só pra mim".

sábado, 16 de junho de 2007

Escada

Hoje quando caí da escada eu tive uma sensação de medo. Daquelas que te faz até rever teus conceitos. Podia ser um castigo vindo dos céus pela minha bonita nota na prova. Ou por algumas atitudes que estão me deixando melhor, mas não estão agradando a outrem.
A sensação de cair da escada só não foi mais terrível que a sensação que tomou conta de mim quando acordei e lembrei o que tinha sonhado. Chamar aquilo de sonho é muita simpatia para tal monstruosidade. Foi pesadelo dos mais pesados. Daqueles que tu sente uma dor sem explicação quando acorda, porque parece que tudo que aconteceu foi real. Senti uma dor que sei que um dia vou sentir, mas espero que demore anos e anos, porque é uma coisa inconfundível e indecifravél de sentir e falar. Está na memória até agora e não sai.
Ver o desespero de pessoas as quais tu conhece tão bem e pensou nunca ver tal fato é assustador . Entristece bruscamente.
Eu que ontem fui a uma "orgia" tão bela, um luxo de amigos novos, não precisava ter sonhado com tamanha tristeza e angústia.
Dessa vez a saudade tomou conta por completo, a vontade de pegar um ônibus e ir correndo pra casa bateu com muita intensidade, a qual eu nunca tinha sentindo antes, nesses 10 meses. 10 meses...
Aquela história de valorizar as pessoas enquanto elas estão próximas da gente mais do que nunca está sendo uma filosofia de vida (uma das).
E a vontade de ver bem, quem está longe, é tremenda.
Pequeno post dedicado ao meu pai.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Daí quando ele sentou ao meu lado eu vi que o sonho era real.
Aquele dia choveu muito, uma chuva daquelas que te faz ter vontade de largar tudo e ir pra casa dormir e ver sessão da tarde. Mas forças externas me fizeram ficar lá um pouco mais. Aquela tarde foi bem agradável, a garota me disse que tinha que ir ao médico, pra tirar uma coisa de dentro dela e eu disse que médicos normais não tiram coisas de dentro dos outros assim, do nada.
Daí ela disse que não, que eu não conhecia o mundo além das minhas virtudes e verdades. Essa frase ficou ecoando nos meus ouvidos até a hora de pegar o ônibus, com chuva, e ver que minhas virtudes estavam muito erradas em relação ao mundo. Erradas não, equivocadas. Cada um com suas virtudes e convicções, e aquela garota estava desvirtuada do mundo.
Quando ele sentou ao meu lado eu vi que o sonho era real e tive a certeza de que minhas virtudes estavam certas.
A chuva só parou ao anoitecer.
Daí veio a névoa, santa névoa que deixa qualquer cidade com cara de qualquer cidade, menos ela mesma. Aquela luz que fica refletindo a chuva e fica refletindo teus sonhs, que agora são reais.
Daí eu fiquei pensando no que será que tinha acontecido com a coisa que a garota foi tirar de dentro dela, será que saiu ilesa?
É fácil tirar as coisas erradas de dentro da gente? Não é não. Se fosse eu, estaria meio vazia. Meio cheia talvez. Estaria mal no lugar dela.
Daí quando ele sentou ao meu lado eu senti uma vontade de ficar perto, de abraçar... Sabe essas vontades que dão na gente assim do nada?
E foi super estranho sentir isso novamente, é coisa boa de sentir.
Daí eu fiquei pensando na coisa que foi tirada do seu lugar.
Daí eu fiquei angustiada.
Daí eu recebi um telefonema que chorava um choro triste e arrependido.Era a garota que chorava ao telefone. Disse que a chuva por lá não tinha aparecido, mas que o dia dela tinha sido meio nebuloso. Que o médico tinha sido bem gentil, mas ele não era "doutor".Era aproveitador de garotas arrependidas S.A..
Daí ela disse que naquele momento corria um sangue quente dos seus pulsos. Era a vontade que estava até então contraída dentro dela.
(...)
O outro dia pra mim começou as 14h53min. A noite anterior tinha sido um tanto quanto estranha. A chuva já não caía e o sol começava a esquentar o quarto que ainda estava com as janelas fechadas. O café desceu rasgando e o pensamento se voltou novamente ao garoto que sentou ao meu lado na tarde anterior.
A garota já estava melhor, mas só por fora.
O garoto devia estar bem.
Eu estava exasperada com os fatos caóticos.
Essas coisas que são tiradas do seu lugar.
Essas vontades que batem, assim do nada...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

olha...

O caderninho chegou aqui na quarta mas só hoje pude escrever.
Aqui está tudo lindo.


A faculdade está ótima, o sol está brilhando como nunca lá fora e os meus sonhos estão cada dia mais reais.


Conheci um garoto lindo que encanta tudo por onde passa, estou feliz por isso. Os amigos cada dia me apaixonando mais e mais e os cadernos ocupando meus dias.


A falta de pessoas já não é tanto problema pra mim, a falta de noção é. A falta de noção me deixa puta da cara, as pessoas não têm noção não? Não mesmo?


A garota que conheci também é linda, encanta muito.... mas não tanto quanto o garoto. As pessoa novas estão fazendo uma diferença que grita aos meus ouvidos. Aquelas pernadas estão valendo muito a pena.


As crianças na rua com fome continuam a me entristecer e isso me deixa desconfortável, porque eu estou com fome.


Já disse que não vou!!
Não vou me estressar com essa mesma faculdade que eu disse estar ótima, não vou achar que só o que me resta é estudar. Não vou.


Vou ficar alí, parada, esperando ele passar e fazer o que eu gosto que ele faça.Não vou ficar aqui parada esperando ele entrar.


De onde vem o jeito que esse rapaz consegue???
Mando não-mando?


O caderninho chegou e com ele trouxe saudade e lembranças de um verão um tanto inesquecível. De pessoas que estão longe longe e que têm saudade correndo na veia. O caderninho chegou e com ele troxe coisas que seriam melhor eu esquecer... pessoas que estão pesando o ambiente.


Some daqui!!!


A mediocridade das pessoas está me atemorizando. Ô coisinha mais amarga...



E pára de parar no corredor olhar e cochichar criatura. Ô dotô!!


O caderninho chegou aqui e eu só aqui. Cadê tu???
Tu!!
Venha..


segunda-feira, 28 de maio de 2007

As pessoas novas

São doces, simpáticas, agradáveis, te fazem sentir coisas boas, te falam aquilo que tu estava esperando ouvir das pessoas velhas. Te enchem de agrados, te olham e não te dão "oi", e sim apertam os olhos e soltam um sorriso aprazível, que apaixona qualquer um. Essas pessoas novas são de um encantamento sem fim. Simpáticas, te tratam com educação, carisma, simpatia e sinceridade. Te falam na cara mesmo, o que estavam e estão sentindo, te falam o que querem e o que não querem, sem machucar ninguém. Combinam de te encontrar nas esquinas da vida e vão até às esquinas, mas quem não comparece sou eu. Eu, vulgo ser humano, que diz ser racional, pobre mim.
Essas pessoas novas se alimentam de vontade. Acordam todas as manhãs para mudar o mundo, saem na rua para fazer a coisa acontecer. Olham no teu olho pois sabem que atitudes assim valem muito mais do que um guarda-roupas cheio de Louis Vuitton, Chanel e Gucci. Sabem a hora de agir, de falar, sabem o que te salva da chatice alheia:
- Ele te salva, ora!!!
São contundentes e precisas em suas opiniões. Encantam qualquer pessoa só pelo simples fato de existirem. Fazem pessoas que mal os conhecem felizes.
(...)
Ai...
Como é bom conhecer pessoas novas. Elas dão um up na vida, na imaginação.
Gosto.
Simplesmente gosto.

terça-feira, 22 de maio de 2007

A lâmpada

A lâmpada que desenhei está no braço da menina da sandália lilás!
A lâmpada dela é de um amarelo translúcido, a minha lâmpada é meio abstrata. Quando a desenhei estava meio absorta. Aliás, sempre que desenho sou absorvida por coisas, cores. Aquele sorriso dela também me absorve, me faz ter inveja.. Quiçá eu possa tê-la pra mim, um dia, num dia.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Aquelas duas meninas bonitas

- Meninadaroupadebolinhasqueeuvianaidaprafacul!!
- Sim, eu mesma! Me via onde??
- Na"subidaprafaculdade",narua.
- Ah, eu não lembro de ti.. Que bom encontrar alguém aqui na cidade freezer que goste de música bacana.
- É.masnãocurtinenhumafestaaí.
- Eu também não curto muito, mas fazer o que? Estamos longe de casa né..
(...)
Aquelas duas meninas me fazem ter a curiosidade aguçada. Uma com seu jeitinho mod de ser, a outra com seu jeitinho mod de ser. Opa, são iguais as pintas. Tão lindas as meninas. A menina e seu vestido azul. A menina e sua sandália lilás. Aquele cabelinho curto me enlouquece. A menina do vestido azul é simples, bem simplória com seu vestido azul. Aconteceu a seguinte história com ela...
Era um avez um rapaz alto, charmoso, com sua pequena charroyage vermelha que perambulava pela cidade freezer. Um belo dia a menina do vestido azul saiu para pegar um sol nos seus olhos azuis e o encontrou no bosque. Aquele pequeno bosque que a lembrava um outro maior, era o bosque que faltava na sua vida. Daí os dois se olharam, se olharam e se olharam. Era o olhar que faltava na vida da menina. Esse olhar que se move por onde quer que ela vá, nem que vá ao mundo colher framboesas. Nem que ele a veja depois de uns bons goles a mais.
O moço da charroyage deixou a menina do vestido azul até sem graça, mesmo com toda sua graciosidade. E mesmo depois de tudo isso ele foi capaz de a deixar ao relento. O moço a esqueceu completamente. Agora ela está sem seu vestido azul, passando pelo mesmo bosque e vendo o que não queria. O moço é tão elegante... e ela tão incapaz de esquecê-lo.
(...)
A menina da sandália lilás é tão bonita... Ela escreveu no jornal que não sabia o que queria da vida, ou sobre aqueles que não sabiam. Daí eu a falei que ela tinha escrito sobre mim, ou pra mim. Daí ela me sorriu com tanta delicadeza, tanto discernimento, que a sorri de novo e recebi de troco uma delicadeza maior ainda. A fotografia dela é de uma beleza tão profunda que me intimida. Ela mal sabe que existo no mundo, no mundo dela não existo, eu só existo no meu mundo. E no mundo de umas pessoas aí que me têm como ser humano.
A menina da sandália lilás queria que a menina do vestido azul existisse no mundo do moço da charroyage, mas essa escolha não faz parte do mundo da garota das sandálias, nem do guarda-roupas azul. A menina lilás acha que o moço charmoso é prepotente, às vezes. A menina azul o acha um menino ainda, mas com olhos que tonteiam qualquer sandália lilás.
(...)
Daí eu me pergunto o que faço nas exatas se perco meu tempo escrevendo letras ao invés de escrever números.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Riscos

O hoje aprendi que riscar me acalma.
A aula de desenho técnico foi alucinante, é de uma calma sem tamanho. Tudo bem... dizer que aquilo que fiz é desenho é discrepância, mas foi tão natural que me orgulhei da aula de hoje. Sabe como é ficar num lugar, mas com a cabeça longe, longe? É isso que dá! Mas não é aquela sensação de alucinação total, porque tu sai do ar sabendo que estás com os pés no chão.Ai tá bem! Pirei sim, mas com toda a sanidade que me é permitida
Foram literais riscos, pois primeira aula sabe como é né.. Mas acalmou a mente pilhada que tenho. Depois da aula, uma overdose de sol na cara a caminho de casa. Sol tão bão Sebastião...
O dia hoje foi de inteira satisfação, tirando o frio de -150 graus que faz aqui na cidade freezer.
Conversar com as pessoas tem me feito feliz. Tem me feito bem. As pessoas, quando querem te fazer o bem, fazem! E eu gosto disso. E essas letras continuam a me exasperar. E exasperar aos outros!
Não estão gostando das minhas letras. Ora, as minhas singelas letras... coitadas, não têm culpa de ter nascido. E eu não estou gostando.


(...)

Ontem perguntei onde ficava a árvore da planta hortense da família das cucurbitáceas, daí me disseram que chuchu não dá em árvore. Daí eu me sentei pra rir de tal devaneio. Daí eu percebi que a loucura tomou conta. Daí eu percebi que as pessoas precisam de mais cultura, mais informação. Daí eu voltei pra casa. Passei por aquela rua e fui-me.
As coisas na minha vida acontecem de uma forma tão engraçada... Com todo mundo em relação a mim. São situações tão pitorescas que nem parece a minha vida, se me contassem as coisas que acontecem comigo eu iria dizer:
-Ah... pára né, não pode ser isto?!
-E pior que é isso sim! Haha...
Eu estou tão bem, que estou quase negando uma ida pra casa semana que vem. Sei lá, não estou com vontade de ir pra casa. E sabe o que isso significa pra mim? Eu também não, pois se fosse há semanas atrás eu iria correndo pro meu travesseiro. Daí eu não entendo mais nada!! Pô, que vontade repentina é essa de ficar aqui? Depois me perguntam porque letras alucinadas... Bom, voltando.. Sei que estou bem bem , leve leve, solta... Está valendo cada minuto vivido, cada integral resolvida, cada pernada até a facul, cada pernada até em casa, cada pernada até à praça, cada letra escrita.
É dona Bu... não te entendo. O teu comentário pertinente me deixou pensativa até hoje. Parabéns flor!
Parabéns ao papa que chegou ao nosso belíssimo país!
Parabéns a você pessoa...


sábado, 5 de maio de 2007

O dia em que conheci um garoto

Era um dia florido, com cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, flores...
O dia em que achei que eu tinha encontrado o cara minha vida foi normal. Foi fatal em seus sentimentos e sem muitas surpresas. Mas o dia em que descobri que eu não o tinha encontrado foi melhor.Foi engraçado. Beiii..... (outra piada interna).
Eu me engano muito e comigo mesma, olha que engraçado isso.
Tornar a ver o amor com outros olhos foi a melhor coisa que me aconteceu. Descobri novos amigos e novos amores.
Um novo amigo. Um novo amor. Um novo olhar é sempre bom, relaxa a alma. Mas aquele ainda continua lá, ele tem seu lugar guardado por tempos e tempos.
Descobrir milhares de coisas em comum com outras pessoas é mágico, é ótimo e isso não me assusta.

(...)
Hoje eu saio cedo
Sem saber se vou voltar
Caminho entre os carros
Deixo a rua me levar
Vou ser feliz
Longe daqui
E mesmo que eu encontre
Um caminho diferente
Que aproxime o eu de mim
E afaste o eu da gente
Eu vou tentar
E sempre que estiver sozinha
Nas tardes de domingo
É só você pensar que eu
Eu vou voltar sorrindo
Eu vou tentar
Eu vou tentar fazer você feliz
Nem que seja pela última vez
Eu vou tentar fazer você sentir
Tudo como na primeira vez
(...)
Música bacana que recebi de uma pessoa bacana.
Gosto de pessoas bacanas. Gosto de músicas bacanas. Ver a vida voltar ao normal é muito bom. Está me fazendo bem, feliz. A saudade do povo que está longe existe, mas a intensidade é menor. E isso me deixa confortável. Não achei que seria assim, ainda mais depois de fatos das férias, mas descobri que sou muito menos independente de pessoas do que pensava e isso é bom. Certos fatos te afastam de certas pessoas e assim a vida te leva pra bem longe das coisas que te fazem mal e mau. Ainda vou rir de tudo isso que está me acontecendo...
.
.
.
-Tu estás brincando com fogo menina!
-Estou? Estou! Estou sim, e daí?
-Como e daí?? O fogo queima!
-Sim, queima. Se tu não souber lhe dar com ele, mas se tu sabes...
-E tu sabe?
-Se não sei aprendo, ora!
-Tu sabe no que vai dar isso tudo, né?
-Não sei não, e nem quero saber... deixa estar... deixa assim, assim que quer? Assim será!
-aLu... se cuide garota..
(...)
Na aula de álgebra o professor filosofou muito, ele e seu all star lilás. Ficou falando sobre decisões que nós tomamos, sobre estrelas, sobre geometria analítica, sobre metafísica, sobre a história da física, sobre Newton, sobre lunetas, sobre Sócrates... alucinante.
Já na aula de cálculo II... deusulivre. A aula de física foi normal, por enquanto...E algoritmos (assim mesmo sem acento e não é logarítmos, viu????) foi legal... 11111111=255!!! Gostei...
Estou curtindo cada dia mais ir pra facul, pode ser que eu não desista das exatas, pode ser que eu fique louca com tanta integral, pode ser que eu me dê bem... ah se deu hein guria.... Estou cada dia gostando mais de escrever minhas letras, estou mais compreensiva, mais introspectiva do que nunca, mais tímida, neh Cher... Com mais segredos com os outros, menos comentários, isso é importante.
Estou bem. Bem melhor do que meses atrás, me faz sentir bem, me faz bem, me faça o bem. Veja bem meu bem...

segunda-feira, 30 de abril de 2007

"Poema de sete faces"

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
.
.
.
Carlos Drummound de Andrade
.
.
.
Porque Drummound? Não sei. Estava eu, alucinada, conversando no msn com uma pessoa importante e lembrei desse poema, mundo mundo vasto mundo...
Hoje foi uma manhã de questionamentos, de vontades intrínsecas, ontem foi um fim de tarde alucinado, com caras e bocas para todos os lados. Acho que essas vontades matinais foram resultados da noite de ontem. Vontade de sair gritando o amor, de dizer tudo a todos, de ver gente nova, de ver gente velha, de voltar para casa, de sair pelo mundo mundo vasto mundo.Chega de programas triviais, de frases triviais, a sutileza assusta e cansa. A mediocridade da vida cansa.Não considero minha vida medíocre, mas às vezes, ela se torna exaustiva, daí medíocre.
Viver vendo o mundo dos outros passar ao teu lado e querer embarcar junto. Viver vendo o mundo dos outros passar e querer que ele passe bem longe do teu. Não dá para viver achando que o Sean Penn vai sugir na tua frente, não dá pra viver esperando o Sean Penn.Mas se ele aparecesse...
O meu problema é querer demais. E eu sou tão pretenciosa que quero coisas que não estão ao meu alcance a curto prazo, a curta distância. Por exemplo, o que eu queria agora está a uns 450 km de distância. Agora me explica: como conviver com isso???
.
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-Vai!!! Me explica!!
-Ai guria louca, sei lá meu..
-Me dizzz garoto, habla!!
-Ter maturidade é um bom começo né aLu?!
-Ai esse papo de maturidade...
.
.
Tá certo. Sem papo sobre maturidade, sobre "10 maneiras de como amadurecer sem cair do pé", esses assuntos foram a pauta das minhas férias inteiras, e eu as considero acabadas. Voltando ao normal essa semana, ufa!!
Mas ainda me pergunto porque as pessoas assistem ao vídeo show, ao invés de pegar um sol na cara... tem um sol tão bão lá fora..
Também me pergunto porque as pessoas ficam escrevendo em seus respectivos blógues, ao invés de ler uma poesia do Drummound.
Ai mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo....

sexta-feira, 27 de abril de 2007

e a marchinha seguiria sendo cult, underground...

Noite boa para todos... Cá estou eu, congelando os dedos no frio que faz nessa cidade freezer. Hoje passei em frente a um antiquário lindo lindo.
"Existem antiquários hoje em mim"..Bagé também tem suas coisas bonitas, mas nada como o pôr-do-sol visto do alto da casa de cultura Mário Quintana, nada como o Mário Quintana...
Ai... Sabe aqueles dias nos quais o que tu mais queria era um abraço?Hoje! Sabe aqueles dias em que nada te deixa feliz? Hoje!
Minto!! O Schico me fez rir hoje. Querido... Ele vem me visitar. Estava comentando com ele hoje, que a vida me apanha subitamente (é assim mesmo com i depois do b). Eu tinha imaginado todas as pessoas do mundo aqui comigo, menos ele. Isso pode ser meio egoísta, mas é isso mesmo.Pois esperava que outras pessoas viessem para cá, ele foi a primeira pessoa na qual eu senti firmeza quando disse que viria. E vem mesmo.
Há meses atrás eu achava que já tinha todos os amigos que me eram permitidos, que não conheceria mais ninguém que pudesse integrar meu círculo de amizades, estou falando de AMIZADES, e de repente PUM!!!! Surge esse garoto na minha vida.Garoto não, porque o Schico já tem uma certa calvice... (desculpa querido, mas assim como tu eu perco o amigo, mas não a piada...) E me faz enxergar muita coisa que eu não via antes, me faz feliz.
(...)
É por essas e outras que a coisa na qual eu mais acredito na vida é a amizade. Alguém vai gritar aí no fundo:
-E o amor, onde fica??
Daí eu grito daqui:
-Se há amizade, há amor!!!
-Ah aLu, não vem com esse papinho de que " ai, eu amo meus amigos e ponto", cadê o amor propriamente dito??
-Deixa de ser niilista mocinho!!!Que cepticismo é esse??
-Não é cepticismo garota, é a realidade que me cerca, ora!
-Mas que mundinho esse o teu hein...
-Tá! Eu até sou meio niilista, mas por conveniência. Hoje em dia é preciso duvidar de tudo, até das amizades.
-Credo, que falta de romantismo. Poxa, sem romantismo não há vida.E quando falo em romantismo não estou falando de novela das 20 hs e sim da nossa natureza, ora!
-Nossa natureza? A minha natureza não é o amor dos meus amigos.Não é isso que eu respiro e como.
-Ah...esse teu jeito de ser conveniente me exaspera...que frigidez é essa?
-Não é frigidez aLu. É que, às vezes, acontecem coisas que te deixam descrente de tudo.Quando tu estava começando a acreditar nas coisas, alguém te joga um balde d'água fria e acaba com todas as tuas convicções.Isso até pode te deixar meio frígido mesmo.
-Hum.. Estou começando a entender agora o motivo da tua revolta.Mas posso te garantir que esse cepticismo é só uma reação passageira. Depois a ficha vai caindo e nós passamos a ter a percepção certa e legal de mundo. As coisas são assim mesmo. Esse foi o teu primeiro balde..e sabe como é primeira vez né..
-Nossa, mas assim tu me ajuda muito, ohh.
-Desculpa garoto, mas a realidade bate a nossa porta.É assim mesmo que as coisas são, não há ninguém no mundo que nunca tenha tomado um banho geladão.. Eu só estou falando isso porque eu passei por isso há algum tempo atrás.. A minha revolta foi a mesma.. É foda ver que pessoas que te mostravam pensar e sentir uma coisa, mudam de opinião de repente..
-O que fazer então aLu?
-Deixar o tempo passar, deixar de ser niilista e acreditar que os amigos são as únicas pessoas que nunca te decepcionarão no mundo. Amigos nunca têm baldes nas mãos.
-Ahh me faz sentir melhor.. te amo!!
-Olha o paradoxo aí!!!
(...)
"Quando eu acho que tenho todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas"
Post escrito ao som de Cascavelletes!! Yeahhh, baby!!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

O mundo todo é hostil

"Tá se exibindo pra solidão, eu sou o que vocês são...não solta da minha mão".
Letra dos hermanos barbudos. O poder de percepção de mundo deles me desperta muitos sentimentos, vários.Porque é incrível ver que pessoas normais, garotos, barbudos, tenham o poder de escrever tão bela e apaixonadamente bem.
É aquele tipo de coisa que desperta em ti outras milhares de coisas boas, saca? Algumas pessoas conseguem isso em mim, poucas, é verdade, mas conseguem.E é tão bão quando isso acontece...Sabe aquela vontade de gritar? É isso que dá.
Essas pessoas na minha vida não enchem uma mão, mas isso não me interessa.
-Não interessa garota?
-Claro que não! Está achando que eu sou quem? O que?
-Tudo bem, me desculpa.Mas eu ando tão cercado de gente insana, que às vezes confundo as pessoas...Perdão!
-Hum.. mas isso não é desculpa, e preocupar-se com quantidade não é coisa de gente insana... o papo é outro, ora!
-Tudo bem... já te pedi desculpa aLu.
-Mas isso não me diz nada.Afinal, é muito fácil pedir desculpa depois de uma cagada federal, não é? O mundo está cheio de gente assim, que vive fazendo merda e vive pedindo desculpa, é tão fácil, não??Oh, faça-me o favor...
-aLu, o que tu tens? Esse barraco todo não pode ser por culpa de um comentário meu!
(Garota pensando...)
-Tudo bem, me desculpa...(olha eu sendo contraditória) ...desculpa....Esse é um dos grandes problemas que nos cercam..Varrer as coisas para baixo do tapete, fazer, falar as coisas sem pensar e depois, simplesmente, pedir desculpa..É a comodidade que bate à porta e não resistimos a ela..
-É, verdade.Mesmo sendo eu o motivo da tua repentina indignação, eu tenho que concordar contigo. Afinal, pra que preocupar-se com sentimentos alheios se estes são acalmados por pedidos de perdão acompanhados de olhares insinuantes?
-Isso! É isso que me repugna nas pessoas, a falsidade que cada uma carrega dentro de si. Mesmo sem saber, a carregamos e certamente, um dia a usaremos. E um pedido de desculpas é um bom sinal de falsidade.
-Pô aLu, será mesmo que o ser humano é tão mesquinho e fútil assim?
-Claro garoto! Triste constatação? A perversidade tomou conta de todos...
(...)
-Fecha outro aí, por favor?!
-Ai aLu, outro meu bem?
-Sim garoto, outro! Esse assunto me deixou meio assim...Meio triste.
Bom, depois disso os dois olharam-se, beijaram-se longamente e adormeceram imaginando as constatações do dia seguinte.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Você prefere a ordem ou o caos?

Pergunta pertinente..
Eu prefiro o caos!Porque o caos causa.Causa pro bem e causa pro mal.Se causar pro mal, fudeu. Mas se causar pro bem... Aí a revolução começa!
Quando o caos causa pro bem as cabeças se abrem, as pessoas se permitem questionar. As mais belas letras já escritas, foram escritas durante ou logo após o caos.Exemplo:
As melhores letras de amor foram escritas logo após uma traição.Um caos.
Depois do caos os sentimentos são mais intensos.É oito ou oitenta.Depois do caos as pessoas se permitem tudo, afinal o que pode ser pior que o caos?
É depois do caos que resolvemos tomar atitudes.Quando o caos causa para o bem a ordem reaparece.A ordem sempre vem depois do caos.A ordem harmoniosa.
Sabe aquela sensação de tirar um peso das costas?É a tal ordem harmoniosa que chegou a você. E isso é lógico, porque essa sensação (do peso nas costas), sempre chega depois de algum caos.
As melhores letras de Chico foram escritas durante o caos da opressão.Minhas melhores atitudes vieram depois de algum caos sentimental.

Depois do caos as coisas sempre melhoram..

quinta-feira, 19 de abril de 2007

O que me exaspera

A sensação de leveza é algo que, aos poucos, vai tomando conta de mim. O motivo dos meus devaneios tem me deixado mais calma.Ele é meu devaneio e a minha calma. É incrível como alguém consegue ter esses dois papéis, e o melhor: sem querer.
Pessoas nunca entram em nossas vidas por mero acaso.Nada é por acaso.Clichê?? que voy hacer? é verdade..
E isso é que me exaspera!
O fato de que cada pessoa que entra em nossas vidas tem um papel a cumprir me fascina. E é lindo , apaixonante ver isto acontecer. Ver as pessoas fazendo uma diferença gritante na minha vida.
Pra mim é difícil de enxergar o papel que eu faço na vida das outras pessoas.Ora! Se os outros têm um papel na minha vida eu também o devo ter na vida dos outros!
E é estranho porque tu não sai de casa pensando: "vou cumprir meu papel".Tu simplesmente vai, vive, ri, chora e quando vê, mudou a vida de alguém, colocou um sorriso em um rosto alheio, e o melhor.. sem intenção alguma, sem forçar nada.Acho que esse é o papel de todo o mundo. Fazer o bem. Fazer bem.
Eu estou aqui pra fazer o bem. O resto que espere. Só que isso é relativo.Relativamente fácil. Relativamente difícil.
É fácil porque para fazer o bem bem, é só colocar pra fora todos os teus sentimentos, tuas emoções, sair pra rua e pronto.Fez-se o bem bem.Mas é relativo.Relativamente difícil, porque mesmo querendo fazer o bem bem, fazemos o bem mal e daí erramos. Mesmo quando o que queríamos era fazer o certo, nós conseguimos fuder com tudo. É o início do caos.Mas não esqueça que o caos causa. E depois que fizer o mal, tentando fazer o bem, depois do caos, a ordem reaparecerá e virá outra oportunidade de fazer bem!E daí o ciclo recomeça..
Mas não esqueça que paciência tem limite. Se fazer o bem é bom, fazer o mal é mau. E isso tem que estar vivo em nossas mentes evoluídas! (piada interna).

Esses dias estava o monstro do Paulo Sant'ana falando que acreditava que as pessoas nasciam más e adquiriam a bondade durante a vida.Eu discordo totalmente.É difícil entender a metafísica do ser humano, mas de uma coisa eu tenho certeza: o bem é a nossa essência.As pessoas nascem boas e ficam más, se ficarem, durante experiências das suas contemptíveis vidas.
Pessoas medíocres são suscetíveis ao mal. Pessoas mesquinhas, fúteis.Aliás o mundo está cheio de gente fútil, pessoas que só se ocupam com coisas frívolas.Mas eu entendo parte dessas pessoas, pois algumas são fúteis por falta de oportunidade, por falta de cultura grátis e de fácil acesso.Como cobrar de um gari uma preocupação com o aquecimento global??
Claro que há solução para isso.Mas eu ainda não a conheço...