segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Vinte e sete de agosto

Hoje eu falo para quem me ajudou, lá em 2012, na minha primeira crise de depressão. Falo a quem me deu a mão, o ouvido, não desistiu de mim, não deixou que eu desistisse de mim. Me dizia para eu ter paciência, conduziu nosso percurso analítico de uma forma maravilhosa. Me salvei e decidi que eu também queria fazer isso. Depois veio outra psicóloga. Me salvei de novo. E outras crises, mas eu nunca sozinha.
Hoje eu falo aos psicólogos que já me atravessaram. Colegas de faculdade, professores, amigos.
A psicologia ajuda, liberta, questiona, abre passagem, cura a alma.
Psicologia também é um ato social e político.
Aos psicologxs que já cruzaram meu caminho. À psicóloga que serei.
Feliz dia!
27.08

terça-feira, 14 de agosto de 2018

TRINTA

Para participar de uma exposição tive que mandar meu trabalho com um breve texto falando sobre a minha ~trajetória como artista~ ARTISTA.
Tenho muita vontade de chamar todos os adolescentes que eu conheço, colocar no colo e dizer que eles NÃO PRECISAM decidir aos 17 anos o que vão fazer da vida.
Não, não tem como ceder à pressão que é imposta, à obrigação de escolher uma faculdade aos 17, 18 anos!
Tudo bem vocês estarem perdidos sem saber o que fazer, ou quererem 34 coisas ao mesmo tempo.Com TRINTA, pessoal, com trinta, vocês talvez ainda não saberão o que querem da vida.
E TA TUDO BEM. TUDO BEM.
Com 30 eu descobri que posso ser muito mais do que eu era aos 20, com 30 a ficha caiu. Tô aqui preenchendo inscrições para expor meu desenho.
MANO. Com 20 eu fazia engenharia. Com 21 eu estava grávida achando que a maternidade seria meu único futuro.
A vida não tem roteiro, na vida não há prazos, as coisas mudam, a gente muda e se descobre e se reinventa. São os atravessamentos que mudam nosso percurso neste mundo e nos modificam, nos fazem sair do lugar comum e isso acontece o tempo inteiro. A vida não é um ter e conseguir, mas um ser e um devir.

Fico com Leminski: "Isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além"

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A música que mais toca lá em casa nos últimos tempos

Eu não me arrependo de você
Cê não me devia maldizer assim
Vi você crescer
Fiz você crescer
Vi cê me fazer crescer também
Prá além de mim...

Não, nada irá neste mundo
Apagar o desenho que temos aqui
Nem o maior dos seus erros
Meus erros, remorsos
O farão sumir..

Vejo essas novas pessoas
Que nós engendramos em nós
E de nós
Nada, nem que a gente morra
Desmente o que agora
Chega à minha voz
Nada, nem que a gente morra
Desmente o que agora
Chega à minha voz...

Caetano me doi. Caetano me atravessa. Caetano sou eu.
Não me arrependo

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Fusca Azul

Amor é quando tu está andando sozinha na rua, vê um fusca azul passando e imediatamente fala em pensamento ~fusca azul~ e te imagina dando um soquinho no braço da pessoa.
Agradeço ao vizinho e proprietário do fusca azul que vive estacionado na frente do meu prédio.
Teu carro me proporciona uma rotina diária de soquinhos e risadas que enche os meus dias.
Transbordo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Questiona o vazio de uma vida em branco

Eu não sei se as pessoas veem o que eu vejo. Profundidade, textura, traço. Eu nem tenho certeza do que estou fazendo me atrevendo tanto.
Sem evocar, veio. De súbito. Talvez fosse um prenúncio do que os 31 me trariam.
No mesmo momento que sobrevivi a um naufrágio, ressurgi daquele afogamento com lápis, caneta nanquim e papel na mão.
Isso me toca e me fala sobre sobreviver a esse mundo. Aquela frase super clichê barra atual do Ferreira Goulart que diz que "a arte existe porque a vida não basta", é tããão verdade que doi.
Viver doi, os tempos estão perigosos, os planetas retrógrados, é 2018 e existe racismo, e tem Bolsonaro. Não dá pra sobreviver com pouco. Tem que ter muito. Muito.
Tem que ter afeto, troca, gentileza, carinho. Tem que ter gente te dizendo "teus desenhos estão lindos, publica!" Pessoas acreditando em pessoas, empoderando, encorajando. Se não.... se não a gente não sobrevive.
Uns não aguentam, vão. Mas outros ficam.
E a gente fica. A gente fica com essa dor, com esse vazio, é fluoxetina, é cerveja. E ainda doi.
É notificação, é boleto, é despertador, é rotina. Te cansa, te come, te consome, te mata. E ainda doi.
Uns não aguentam, vão. Mas outros ficam.
E a gente fica. Com o mesmo vazio e a mesma dor. Mas a gente escreve, fotografa, desenha, pinta, costura, grafita, canta, toca, dança, atua, chora.
E sobrevive. Porque a arte existe. Porque a vida não basta.
Hoje eu consigo sobreviver mais do que eu conseguia há 1 ano.
E agradeço.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

e se fôssemos menos, o que seríamos? se fôssemos mais, seríamos o bastante? e se não fôssemos?

Eu tenho novidades pra contar. Novidades e vontade de pegar o telefone e mandar um áudio contanto tudo, pedindo opinião, querendo ouvir o que tu acha de tudo isso.
Tenho novidades e isso significa muito pra mim. É novidade grande, das boas, que dá fôlego, que dá esperança de começar de novo.
Tenho novidades pra te contar e podia te ligar dizendo que estou indo aí pra gente conversar e beber um Cabernet. 
Levaria notícias boas, animação, algo pra comer e uma lingerie nova.
Eu tenho novidades pra te contar, mas tu colocou a minha mala do lado de fora da porta e eu fui embora. 

sexta-feira, 22 de junho de 2018

a vida é basicamente sobre guardar na memória e depois esquecer

Ali da janela ela podia te ver. Passaram dias depois daquela noite fria pero no mucho. É que alma e afeto esquentam qualquer parada.
E ali da janela ela te via.
Só que aprendeu, aprendeu nos últimos três anos, que a vida é basicamente sobre guardar na memória e depois esquecer. Ela tinha guardado na memória uma cena numa esquina onde passava diariamente. Uma vez quando andava de cabeça baixa por ali deu de cara com o menino. Depois deu de cara com ele naquela pizzaria, mas dessa vez estavam sentados e comiam. Pelo que lembra era quatro queijos e calabresa.
A esquina, a pizzaria, aquele canteiro na frente da academia... Todos tinham sido lugares de encontros, marcados ou aleatórios. Aqueles lugares guardavam lembranças de dor de barriga, de frio na espinha, bochechas vermelhas e coração disparando. Abraços também tinham passado por lá.
Quando dessa vez não quiseram embarcar na sua barca, nem viver como um náufrago ou se afogar de amor, ela sabia que a imagem da janela, quanto menos esperasse, seria esquecida.
Quando diz que a vida é sobre guardar na memória e depois esquecer, é sobre isso que quer falar. Encontros que se desmancham na memória, passam como um sopro. Quando vê, já foi.
Meses depois ela passa pela esquina e mal lembra o que aconteceu ali.
Agora ela espera o momento que vai olhar pela janela e não ver mais nada além do seu reflexo, nua, descabelada, amparada por alguém que vai deixar memórias mais duradouras ali.

terça-feira, 19 de junho de 2018

E o frio como estava?

Depois daquele dia eu tive vontade de te escrever perguntando como tinha sido teu dia, teu trabalho, tuas fotos, o frio, o sol. Mas eu não podia.
E eu não podia porque tu não queria essa aproximação. Tu não queria afeto, não queria carinho, não queria "oi estou com saudades".
Te enviar uma mensagem cheia de putaria e más intenções também me dava medo. Doía a alma pensar que não podia te escrever.  O que tu ia pensar de mim.... "pronto, lá vem ela querendo saber como eu estou".
Saber como tu estás, né? Que mundo é esse de interesses sinceros, de afetos que se preocupam com o teu dia, que gostariam de saber com foi a estrada, o rolê, as tuas trocas.
Eu não podia.
Como vou te convidar pra jantar aqui em casa e sentar na mesa com mais uma pessoa. E se tu pensar que eu quero casamento, véu e buquê?
Eu nunca falei em casamento, tu sim.
.
"O que começou como uma brincadeira foi crescendo, foi a onda que se ergueu no mar e eu me afoguei um pouco, fiquei bêbada, tomei um tremendo porre de ti. eu queria mais – não mais encontros, não mais intensidade, não mais compromisso – mas eu queria que tu estivesse no mesmo nível de afogamento, de euforia, de necessidade, de felicidade, de não conseguir ficar muito tempo longe. náufrago, meio perdido, meio burro, meio contente e totalmente apaixonado. "
.
Depois daquele dia eu tive vontade de te escrever. Mas pra que?
Tu tinha me perguntando como eu estava? O que eu estava fazendo? Como estavam os meus projetos de desenho? Pra que eu precisava de um papel transfer?
Não.
Não existia interesse do lado de lá.

Gente que fala demais, de si, de seus projetos, suas coisas, suas viagens, suas férias, seus planos, suas plantas, suas roupas, seu umbigo.
E que não sabe o dia do meu aniversário...

Depois a gente vai embora e ainda perguntam porquê.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Com amor, Luiza

Eu sinto que tudo está interligado. Mas há tempos nosso fio ficou mais fino, querendo arrebentar, deu nós, esticou, voltou pro lugar. Só que essa linha não termina. Ela ainda estará lá, ainda que tudo pareça desmoronar, seguiremos interligados. Dizem que há um fio vermelho que liga uns aos outros. Não sei qual cor me liga às pessoas (deve ser preto, pessoa gótica né, mores?!).
Essa semana estreitei os laços desse fio. Numa brincadeira boba de facebook, falei às pessoas que eu ainda escrevo emails de amor (quem já recebeu, sabe....) e isso despertou uma coisa muito muito muito legal nos meus amigos. Alguns deles deixaram seus emails para que eu escrevesse.
Eu escrevi.
Escrevi tudo o que eu queria dizer, mas com palavras, no olho a olho, não conseguia (ou nem tinha tentado). A verdade é que quando escrevemos colocamos as ideias no lugar. Pontuamos, fazemos pausas necessárias que na vida muitas vezes esquecemos. Nessas cartas, quase abertas, falei sobre admiração, sobre afeto, sobre encontros, ocupações, abraços, família, amores, empoderamento, coragem, amor próprio, destino, futuro... E no final de cada email, coloquei um poema de um autor que eu gosto e que julguei ser importante para quem eu estava escrevendo.
Pois bem. Comecei a receber as respostas.
Mano do céu. Como fiquei feliz. COMO EU FIQUEI FELIZ COM AS RESPOSTAS!
Pessoas, trocas, laços. Essa linha. É essa linha que nos salva da vida, é essa linha que eu seguro aqui e tu segura aí que nos faz ter força, fé, fôlego. Nos salva, salva desse mundo infeliz que vivemos, salva das teorias do Baumam sobre relacionamentos. Não posso corroborar com ele nas minhas relações. Nunca quis acreditar e me conformar com relacionamentos líquidos.
E vocês. Que estão ligados a mim, que responderam meus emails com carinho e  afeto, que também me disseram coisas nunca antes ditas no olho a olho....
Vocês me dão ânimo, vocês me deram um alento gigante essa semana.
Só me resta me meter aquele clichê que eu odeio, porém verdadeiro, a tal da hasthag gratidão!

Pessoas, obrigada por fazerem parte da minha linha, do meu fio. Vocês sempre estarão ligados a mim, e eu a vocês. Vamos estreitar nossos laços? Vamos tomar um café qualquer dia desses?

Me chamem, me escrevam (luizafteixeira01@gmail.com)

Lembrem que a vida é um sopro e quando vê foi. Fomos.

Com amor
Luiza





terça-feira, 12 de junho de 2018

Platanus

Te vi caminhando na rua com uma folha de plátano na mão. Era outono, mas fazia calor.
Apressei o passo na tentativa de te alcançar, de fazer com que tu me visse também, talvez eu poderia chegar até ti e dizer tudo que sempre tive medo.
Aquele dia em que tu te abriu pra mim eu silenciei. Mas consegui dizer que não era nada daquilo, era viagem da tua cabeça.
-Deixa de ser besta. Não quero que ninguém sinta saudade de mim, não quero ninguém gostando de mim. Vamos ficar de boa.
Eu disse querendo dizer, mas eu disse com medo.
Quando eu te vi caminhando com a folha de plátano na mão eu quis te puxar pelo braço e falar que eu sentia muito. Quis dizer que sentia saudade e que as plantas lá de casa já estavam morrendo sem a tua presença. Acender o Palo Santo já não tinha mais graça, aliás, nem sei onde ele foi parar. A fumaça se dissipava rápido, o ar não purificava. O silêncio gritava.
Quando te vi caminhando com a folha de plátano na mão pensei em correr e te convidar para ir à praia comigo. Lá resolveríamos todos os nossos problemas, a água do mar ia purificar. Saravá!
Ou poderia te convidar pra almoçar naquele chinês da primeira vez, lembra? Ou a gente pegava a estrada, atolava os pés na lama, no meio do mato e então lá, eu conseguiria te dizer que me sufoquei com as palavras que eu não te falei. Que o tempo passou, a barca passou e eu não embarquei de besta que eu sou.
E eu estava ali, cheio de planos, cheio de vontade, e corri!

Te vi caminhando na rua com uma folha de plátano na mão.
Mas não te alcancei.






segunda-feira, 4 de junho de 2018

A mala

Este é um conto baseado em fatos reais, mas qualquer semelhança com situações que te pareçam familiares será mera coincidência, afinal, quem nunca precisou partir sem deixar uma mala pra trás.
A história começa quando me disseram:
- Segue adiante!
Então, fui tentar seguir em frente. Só que eu estava carregando uma mala muito pesada, com coisas importantíssimas dentro. Como eu ia seguir em frente sem ela? Mas como eu ia levá-la se não conseguia nem tirá-la do chão? Gente, que sufoco! Que desespero! Que grande dúvida!
Pensei em arrastar minha pequena grande mala, mas se eu arrastasse iria arranhar ou até rasgar. Ia dar certo por alguns passos, mas no meio do caminho ela se desmancharia sob meus pés.
Pensei em carregar nas costas, quem carrega uma criança, carrega uma mala, afinal....
Só que isso ia me dar uma dor gigante na lombar e uma dor de cabeça daquelas de deitar no escuro e ficar.
Aquela mala valia tanto a pena... Ela era tão sensacional, tinha tanta coisa lá dentro. Era cada garrafa de vinho. Cada filme, cada foto dos últimos  dois meses.... Não passava pela minha cabeça deixá-la pra trás. E era pior. Eu não queria deixá-la. Como? Como eu ia viver sem as garrafas de vinho? E o palo santo que estava lá dentro?
Mala, vinho, plantas, palo... eu posso conseguir tudo isso. Vou dar uns 7 ou 15 passos e encontro outra no caminho. Quiçá no sexto passo eu já tenha esquecido da mala lá atrás, pensei...
E fui seguir adiante, conforme recomendações.
Dizem que quando nos despedimos de alguém que vai entrar num ônibus ou numa sala de embarque, a pessoa que está indo embora não pode olhar para trás. Depois do beijo de despedida ela deve seguir em frente sem aquele tchauzinho, sem hesitar, sem parar e olhar para quem ficou. (E a pessoa que ficou ali parada vendo a cena maistristedomundo deve virar as costas e seguir seu rumo imediatamente, se não a cena fica mais triste que aquele samba do Noel).
Adivinha o que eu fiz?
Eu olhei para trás. Eu olhei para a mala.
Lembrei de tudo que tinha ficado lá. Será que não tinha jeito mesmo?
Nessa hora eu lembrei de quem tinha me falado ~segue adiante~
Quem era essa pessoa? O que ela sabe da minha vida? Ela nem sabe que eu já fui atropelada por uma bicicleta enquanto segurava garrafas de cerveja, não sabe que eu me perdi dos meus pais em Tramandaí quando tinha uns 5 anos. E não sabe, e nem imagina, que é ela quem deixa a mala mais pesada, porque ela está lá dentro, junto com o vinho, as fotos, o palo e as plantas.
Como eu vou seguir adiante?

(...)



sábado, 3 de março de 2018

Molho Pesto

Recebi muitas mensagens dos meus seguidores (risos) sobre essa postagem. Várias pessoas reagiram com corações, palmas, sorrisos. E não foi pelo molho (deuso) pesto, foi pela parte do amor próprio.
A verdade é que levei quase 2 anos para aprender a ficar sozinha, cozinhar só pra mim e ficar feliz dentro desse apartamento. Eu chorava, eu precisava dar rolê de sexta à domingo porque eu não suportava a solidão. Essa sofrência não era pela pessoa que não estava mais aqui, era pela pessoa que tinha ficado e precisava aprender a se amar. Separação não é só sobre relações a 2, é muito mais um processo de autoconhecimento e aceitação da vida a 1, eu e eu mesmo.
Depois de altos e baixos (mais baixos do que altos), eu descobri que a minha melhor versão é quando estou sozinha e o melhor rango é aquele que eu faço com amor, amor próprio.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Desconstruir o mito do Natal e Ano Novo

Coloquei todas as forças, fiz reza braba e acreditei, ACREDITEI, que depois do natal, ano novo e férias tudo voltaria ao seu lugar.
Ingênua.
Às vezes temos que acreditar no que não existe pra ver se de lá saem forças pra sobreviver.
E se enganar. Preferir que o futuro organize tudo. Tirar o peso das nossas costas e colocá-lo lá na frente.
Erro estúpido.


~é cada texto velho que faz sentido hoje, bixo~

Saudade da saudade de 2007

"Férias são para isso: parar o tempo e rever lembranças que já estavam enfiadas na gaveta, mofando. Daí que as coisas que eu via antigamente pararam no tempo, ficaram lá atrás. Mas ainda tenho saudade dos contos.

"Mya era o que o braço mostrava: uma lâmpada cheia de ideias, ainda mais quando ficava ouvindo Nara Leão embaixo do lençol. Parecia que tudo mudava, que a lâmpada acendia. Nunca se conformou com seu cabelo quase branco e com uma altura que negava escadas, era esguia.
A calefação europeia fazia com que ela se esquentasse apenas com um lençol bordado há muitos anos a pedido de sua mãe. Eram os anos 90 e ouvia Nara em um walkman. Mas nada superava sua loucura por amar demais.
Mya era chamada de louca pois no seu último romance tinha invadido a casa do cara com uma cópia da chave original. E o pegou na cama... Sem mais.
Na situação nem Nara pode ajudá-la. Resolveu esconder a lâmpada tatuada que não servia mais e já que não lhe dava ideias, a lâmpada queimou.
Há muito compunha uma música, uns versos, sei lá. Mya tinha uma caidinha pelo o desabamento e isso lhe deu letras que derramavam lágrimas.
Porém, toda a fonte seca. Se tem início tem fim."


Continua (rá?)"

2011