sexta-feira, 15 de junho de 2018

Com amor, Luiza

Eu sinto que tudo está interligado. Mas há tempos nosso fio ficou mais fino, querendo arrebentar, deu nós, esticou, voltou pro lugar. Só que essa linha não termina. Ela ainda estará lá, ainda que tudo pareça desmoronar, seguiremos interligados. Dizem que há um fio vermelho que liga uns aos outros. Não sei qual cor me liga às pessoas (deve ser preto, pessoa gótica né, mores?!).
Essa semana estreitei os laços desse fio. Numa brincadeira boba de facebook, falei às pessoas que eu ainda escrevo emails de amor (quem já recebeu, sabe....) e isso despertou uma coisa muito muito muito legal nos meus amigos. Alguns deles deixaram seus emails para que eu escrevesse.
Eu escrevi.
Escrevi tudo o que eu queria dizer, mas com palavras, no olho a olho, não conseguia (ou nem tinha tentado). A verdade é que quando escrevemos colocamos as ideias no lugar. Pontuamos, fazemos pausas necessárias que na vida muitas vezes esquecemos. Nessas cartas, quase abertas, falei sobre admiração, sobre afeto, sobre encontros, ocupações, abraços, família, amores, empoderamento, coragem, amor próprio, destino, futuro... E no final de cada email, coloquei um poema de um autor que eu gosto e que julguei ser importante para quem eu estava escrevendo.
Pois bem. Comecei a receber as respostas.
Mano do céu. Como fiquei feliz. COMO EU FIQUEI FELIZ COM AS RESPOSTAS!
Pessoas, trocas, laços. Essa linha. É essa linha que nos salva da vida, é essa linha que eu seguro aqui e tu segura aí que nos faz ter força, fé, fôlego. Nos salva, salva desse mundo infeliz que vivemos, salva das teorias do Baumam sobre relacionamentos. Não posso corroborar com ele nas minhas relações. Nunca quis acreditar e me conformar com relacionamentos líquidos.
E vocês. Que estão ligados a mim, que responderam meus emails com carinho e  afeto, que também me disseram coisas nunca antes ditas no olho a olho....
Vocês me dão ânimo, vocês me deram um alento gigante essa semana.
Só me resta me meter aquele clichê que eu odeio, porém verdadeiro, a tal da hasthag gratidão!

Pessoas, obrigada por fazerem parte da minha linha, do meu fio. Vocês sempre estarão ligados a mim, e eu a vocês. Vamos estreitar nossos laços? Vamos tomar um café qualquer dia desses?

Me chamem, me escrevam (luizafteixeira01@gmail.com)

Lembrem que a vida é um sopro e quando vê foi. Fomos.

Com amor
Luiza





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