sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

De volta

E aí que eu tenho mil coisas pra dizer pra todo mundo, mas perdi o jeito. Cadê aquela insensatez de menina que nunca se calava? Letras e mais letras que roubavam a minha voz e nunca se calavam. Sabe, a gravidez te deixa meio burrinha, mas a maternidade atrofia os neurônios cool que existem, daí o tempo que sobra te faz ligar a tv naquele canal nada cool de '' fulano ta chifrando a beltrana'' e é só isso que te resta. Mas, ah! Eu não nasci pra deixar panelas brilhando e alguma hora eu tinha que voltar a minha realidade verdadeira. Voltar a escrever as coisas que eu amo e tudo o que eu vivo.
Me inspirei em anacanas.com.br, esse doce azedume. Espero que meus dias melhorem a partir daqui e que a nuvenzinha da discórdia vá embora.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Caramba!

É minha gente, desde 2007 escrevendo aqui e agora fui parar para reler aquelas letras mal escritas. Meo Deos! Não que eu tenha me arrependido de tudo o que escrevi até aqui, mas reler agora depois de tanto tempo é engraçado. Ver que mais da metade era pura besteira, dessa metade, tudo era indignaçãoi com a vida ou com ele, ou com qualquer outra coisa, que agora nessa fase da lua parece tão sórdido e sem importância. Mas na verdade não me arrependo de nada que escrevi aqui e confesso que sinto saudade daquilo tudo.
Era eu em outra cidade, em outra vida, em outra vibe (palavrinha da moda?!!). E a única coisa que resta a dizer depois de ter esse mini filminho de um mini tempo da minha vida é: caramba!

A verdade é que eu sinto saudade daquela movimentação toda que existia aqui, um tanto sem importância às vezes, mas era uma badalação só. E eu sinto saudade de escrever as coisas. Esses últimos dias tem sido de muito desespero, ansiedade, nervosismo... E eu queria poder colocar tudo pra fora. Ontem eu consegui fazer isso, mas eu sabia que a hora não era apropriada. Ora, se tudo fosse milimetricamente ensaiado não teria graça. Nem fim.

Você me falou pra eu não me preocupar.
Ter fé e ver coragem no amor.

Ps: A Clarice está mexendo muito ainda e minhas pernas não aguentam mais. Falta muito pouco pra ela chegar. Poder ser até agora.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

25 dias

Hoje faltam 25 dias pro dia previsto. O dia que eu mais esperei na vida até agora, muito mais que aqueles natais que nunca chegavam, e eu só olhando aqueles presentes embrulhados embaixo da árvore. Parando para ver tudo que aconteceu de setembro pra ca parece que se passou uma década, muita coisa louca aconteceu. Mas o mais louco é ver agora que tudo isso é verdade e que a Clarice está chegando, de verdade. Até os primeiros movimentos dela aqui dentro, parecia que era tudo mentira e que o dia não ia chegar nunca. E agora a ansiedade é gigante...
Não vejo a hora de conhecer a pessoinha mais fofa deste mundo!! Sinto que o dia em que ela chegar a minha vida vai começar de verdade e tudo que aconteceu até aqui vai parecer um mero ensaio pra realidade, um esboço da vida real. Então que venham com tudo esses novos tempos pra eu descobrir 'que mistérios tem Clarice'.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

À Clarice (ou Pedro Ernesto)

É estranho compreender o quanto a vida passa e o quanto a gente aprende em tão pouco tempo. Foi isso que me trouxe até aqui de volta. Sempre foi aqui o lugar onde eu encontrava uma saída momentânea da vida, quando não tinha nada a fazer senão escrever.
O tempo que passou desde o último post não é tão grande, mas as coisas que aconteceram são imensas, imensuráveis. E as coisas que têm acontecido estão fazendo eu virar gente grande. É como se eu tivesse comprado aquele livro de auto-ajuda “Como virar gente grande em 5 meses”. A diferença é que agora ele pode ser escrito por mim mesma.
Eu quero achar a resposta para aquela pergunta: “Por que?” O porquê que as coisas acontecem do jeito que acontecem. Eu quero chegar àquela etapa da vida em que a gente começa a encontrar as respostas pras coisas do passado. Dizem que os fins justificam os meios, e é bem isso que eu quero que aconteça comigo. Pode até ser quando eu estiver lá na fila para falar com São Pedro, mas quero todas as minhas respostas.
Ontem, conversando com uma pessoa que ouviu o que eu tinha a contar, eu ouvi umas frases, que até então não tinham significado na minha vida e que me fizeram pensar. “O sexo é a semente, o amor é a flor e o poder de gratidão e de perdão é o aroma”. Seguindo o que eu ouço o Amarante cantar agora, “deixa evaporar...”.Saber deixar evaporar, saber deixar o orgulho e a dor de lado e saber perdoar. Nesse momento posso dizer que essa é a maior das virtudes, é a coisa mais humana que alguém pode fazer. E é tendo essa convicção agora, que eu digo pra mim mesma que eu tenho que ter essa virtude em mim, e o quanto antes, mas ainda não aprendi a perdoar. Na verdade o que eu preciso fazer não é aprender a perdoar, é saber deixar algum sentimento de lado (que eu ainda não sei o nome) pra voltar a viver com a sensação de felicidade que existia em mim até alguns dias atrás.
A reação que eu tive na situação que ocorreu me faz entender agora aquilo que todo mundo diz, que mãe é mãe, que mãe entende, que mãe perdoa, que mãe faz tudo por um filho. É incrível a força que vem não sei da onde, e que te da coragem pra seguir em frente sem perder a cabeça, que te faz pensar primeiro nele, no bem dele, por mais que tu tenhas que sofrer. Pra mim a chegada do meu filho na minha vida significa isso, aprender a compreender mais as pessoas e não pensar só em mim, saber que todo mundo erra e que todo mundo tem direito a ouvir um “sim, eu te desculpo”, por mais que isso que doa.Em outros tempos eu teria saído enlouquecida daquele lugar, xingando Deus e todo o mundo, mas me reservei apenas em chorar. Mesmo sabendo que isso não estava sendo legal pro meu bebê. E eu sei que ele sabe que é só pela chegada dele que eu estou aqui e que continuarei segurando as pontas.