quinta-feira, 20 de maio de 2010

-Ai ai.. tem alguma coisa faltando sabe. Um pingo no i.
-Super odeio ser humano que sempre acha que está faltando alguma coisa na vida, coisa chata. Porque sempre melhora de um lado, mas piora de um outro. É aquela história de sempre querermos mais e mais. A gente sempre acha um problema depois de resolver um. Dizer que está na correria e que não tem tempo pra mais nada deixa até a respiração das pessoas mais ofegante, como se ter o dia ocupado, a vida ocupada, fosse algo muito grandioso. Ocupada de quê? É igual a falar e não dizer nada.
-Mas então, está faltando algo. Melhorou de um lado, mas daí achei uma bronca do outro... Está faltando alguma coisa nessa vida. Não é uma máquina de lavar, não é a meu apartamento nem meu vans preto com branco. É muito mais que qualquer amendoim japonês. É aquela respiração acelerada, aquele frio na barriga. Aquele digo ou não digo. Mentir querendo dizer a verdade só pra fazer charme.
-Sabe porque a gente nunca chega lá? Por que quando chegamos lá inventamos outro lá para chegarmos.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

E ponto

Mas que maldito ajojamento master que insiste em me acompanhar há dias. Cara, tpm é uma merda. E essas porcarias desses remédios ajudam mais ainda a ficarmos assim. Olhar pra cara de algumas pessoas é um sacrifício enorme. O fato de saber que existem certas coisas e pessoas já acaba com o meu dia. Black é a palavra, nada inspira, nada ajuda e algumas situações só fazem piorar. A impresora trancando papel parece o fim do mundo, daí surgem aquelas milhares de perguntas auto-flagelantes (e que se foda a nova regra de acentuação para hífens!) e te deixa pior ainda. Dias de raiva, muita reiva do mundo, raiva daquilo que eu amo, daquilo que não pode ser. Saudade daquilo que não pode ser. O poder é todo relativo e esse blog é todo meu. Escrevo pra mim, escrevo pq me faz bem, escrevo só pra mim, pq só eu me entendo e fim.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Vou no circo

E queria que toda a infância estivesse lá, toda a pureza das crianças pintada de vermelho num palco que não é faz de conta, é a vida gritando : me deixe entrar!!!! Vestir fantasias e viver a vida real, colocar uma máscara que não é falsa, que não cai, que é mar. Onde só os ricos de espírito entrassem. Queria sentar e escrever, escrever, e publicar e publicar e escrever de novo. As coisas não só só amendoim japonês, elas ardem. Queria eu, pegar a Clarice pelo braço e colocá-la no caminho certo pra nunca mais voltar ao errado, queria tirar o amargo da vida, o choro da vida, a tal bolha hermética é isso... Tudo hermética e milimétricamente no seu lugar. Tudo volta ao seu lugar. E imaginar bobagens, e escrever bobagens e publicar só pra eu ler.
Queria que lá a solidão fosse boa companhia e queria ficar desenhando e recortando meus vestidos.
Saber que eu nunca estarei só é um conforto. São coisas que só eu sei, aquelas de sempre

domingo, 2 de maio de 2010

Tudo que se tem na vida...


...é o que se tem agora.
Depois de a maré tem baixado e eu ter entendido que o que resta é rir de tudo mesmo, eu vejo que só o que me resta agora é o que está acontecendo neste segundo e nada é acumulativo. Do segundo anterior eu nem lembro porque só o que ficam são as coisas boas, as verdades, as sinceridades. O engano é da vida, o errar é da vida, a falsidade eu não sei...
Nada daqui a gente leva, nem o que é ruim, muito menos o que é bom. O pensamento positivo tem uma força que a gente nem imagina, então positive-se.
Eu só vou curtir o meu cheirinho, a minha flor, a minha pequena. Só vou curtir o meu eterno segundo e que esse mundo melhore pra quando a Clari tiver que encará-lo, ou melhor, que ainda exista mundo.
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Aquela máxima de que a gente cria os filhos pro mundo e não pra gente teve sentido hoje. A autonomia vem cedo de mais. Um único ato da Clarice de pegar a colher da minha mão e comer sozinha me fez sentir um nada. É tudo muito rápido, muito estranho. Quero que passe tudo muito devagar, quero ter todas as lembranças, principalmente aquelas que nem uma câmera conseguem gravar. Aquela primeira mordidinha dela no meu queixo será inesquecível. Amor é pouco pra chamar. Mas enquanto não inventam uma palavra que signifique algo maior que amor eu vou dizendo e escrevendo essa mesma.
E só eu sei.