domingo, 2 de maio de 2010

Tudo que se tem na vida...


...é o que se tem agora.
Depois de a maré tem baixado e eu ter entendido que o que resta é rir de tudo mesmo, eu vejo que só o que me resta agora é o que está acontecendo neste segundo e nada é acumulativo. Do segundo anterior eu nem lembro porque só o que ficam são as coisas boas, as verdades, as sinceridades. O engano é da vida, o errar é da vida, a falsidade eu não sei...
Nada daqui a gente leva, nem o que é ruim, muito menos o que é bom. O pensamento positivo tem uma força que a gente nem imagina, então positive-se.
Eu só vou curtir o meu cheirinho, a minha flor, a minha pequena. Só vou curtir o meu eterno segundo e que esse mundo melhore pra quando a Clari tiver que encará-lo, ou melhor, que ainda exista mundo.
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Aquela máxima de que a gente cria os filhos pro mundo e não pra gente teve sentido hoje. A autonomia vem cedo de mais. Um único ato da Clarice de pegar a colher da minha mão e comer sozinha me fez sentir um nada. É tudo muito rápido, muito estranho. Quero que passe tudo muito devagar, quero ter todas as lembranças, principalmente aquelas que nem uma câmera conseguem gravar. Aquela primeira mordidinha dela no meu queixo será inesquecível. Amor é pouco pra chamar. Mas enquanto não inventam uma palavra que signifique algo maior que amor eu vou dizendo e escrevendo essa mesma.
E só eu sei.

Um comentário:

betaperin disse...

Lindo! Tu escreve muito bem, Luíza! com muita intensidade! Amei! Lindo!
Beijos